Open Journal Systems

Tecnologias sociais nas bibliotecas: o entendimento dos bibliotecários do Sul do Brasil quanto ao tema

Edinei Antônio Moreno, Nei Antonio Nunes

Resumo


Objetivo: O avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) tem contribuído com o desenvolvimento social e econômico e, assim, com a disseminação de informações, a aproximação de culturas diversas, a ampliação das redes comerciais, etc. Em face ao exposto, o objetivo deste estudo consiste em investigar qual o entendimento que os bibliotecários de uma Instituição Pública de Ensino do Sul do Brasil possuem com relação às Tecnologias Sociais e seu uso nas bibliotecas como ferramenta educacional inclusiva. Metodologia: a pesquisa é caracterizada como uma abordagem exploratória e descritiva, desenvolvida com o método de investigação denominado Estudo de Caso. Este método possui caráter qualitativo e se utilizou de três técnicas para coleta de dados e triangulação de análise: 1) Revisão de literatura – pesquisa em artigos científicos de autores brasileiros publicados entre os anos de 2016 e 2020; 2) Pesquisa documental – considerou exemplos publicados em sites institucionais (Fundações, Organizações e outros); 3) Aplicação de questionário semiestruturado aos bibliotecários da Instituição Pública de Ensino do Sul do Brasil. Resultados: Os resultados demonstraram evidências, diante dos dados analisados, de que, em grande parte dos bibliotecários, o entendimento da descrição, características e uso das Tecnologias Sociais no ambiente das bibliotecas ainda permanecem pouco conhecidos e/ou fragmentados. Conclusão: Como principal contribuição teórico-prática do estudo, ratifica-se o valor do debate entre os bibliotecários, mas também entre outros atores do campo da educação, como gestores, docentes e discentes, sobre uma maior inserção das Tecnologias Sociais – como técnicas, saberes, metodologias, práticas e instrumentos geradores de educação inclusiva – no ambiente das bibliotecas.


Palavras-chave


Tecnologias Sociais; Tecnologias da Informação e Comunicação; Bibliotecas - Instituição Pública de Ensino

Texto completo:

PDF

Referências


Albuquerque, L. C. (2009). Tecnologias sociais ou tecnologias apropriadas? O resgate de um termo. In A., Otterloo (Org.). Tecnologias sociais: caminhos para a sustentabilidade. Brasília: Rede de Tecnologia Social, pp. 15-24.

Almeida, M. de S. (2011). Elaboração de projeto, TCC, dissertação e tese: uma abordagem simples, prática e objetiva. São Paulo: Atlas.

Amante, M. J. (2010). Bibliotecas universitárias: conhecer para valorizar. ACTAS, (10).

Andrade, J. A. de, & Valadão, J. de A. D. (2017). Análise da instrumentação da ação pública a partir da teoria do ator-rede: tecnologia social e a educação no campo em Rondônia. Adm. Pública, 51(3), 407-430. doi: https://doi.org/10.1590/0034-7612153318

Arieira, J. de O., Días-Arieira, C. R., Fusco, J. P. A., Sacomano, J. B., & Bettega, M. O. de P. (2009). Avaliação do aprendizado via educação a distância: a visão dos discentes. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., 17(63), p. 313-340. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-40362009000200007

Associação de Educação, Cultura e Meio Ambiente Casa da Árvore. (2015). E seu eu fosse o autor: cultura digital e cultura literária. Recuperado de https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/e-se-eu-fosse-o-autor-cultura-digital-e-cultura-literaria

Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-BRASIL). (2020). Tecnologias sociais e educacionais

Borges, M., Hoppen, N., & Luce, F. B. (2009). Information technolgy impact on market orientation in e-business. Journal of Business Research, 62(9). doi: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2008.10.010

Brandão, F. C. (2001). Programa de apoio às tecnologias apropriadas (PTA): avaliação de um programa de desenvolvimento tecnológico induzido pelo CNPq (Dissertação de Mestrado), Política e Gestão de Ciência e Tecnologia), Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.

Busko, P. S., & De-Carvalho, R. (2019). Produção autoral de tecnologias sociais por investigação-ação-participação no ensino de ciências. TEAR, 8(1), 1-23. doi: https://doi.org/10.35819/tear.v8.n1.a3321

Callon, M. (2004). Por uma nova abordagem da ciência. In A., Parente (Org.). Tramas da rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas de comunicação. Porto Alegre: Sulina.

Castells, M. (1999). A sociedade em rede (Vol. 1). São Paulo: Paz e terra.

Centro de Apoio à Criança (CEACRI). (2020). Tecnologias sociais. Recuperado de https://www.ceacri.org.br/p/tecnologias-sociais.html

Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP). (2017). Ecomuseu: patrimônio como instrumento de desenvolvimento local. Recuperado de https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/ecomuseu-patrimonio-como-instrumento-de-desenvolvimento-local

Childfund Brasil. (2020). Tecnologias Sociais. Recuperado de https://www.childfundbrasil.org.br/desenvolvimento-social/?tab=tecnologiasSociais

Comunidades Semiárido (REDE). (2020). Educação, inclusão digital, cultua e cidadania: minibibliotecas comunitárias. Recuperado de http://comunidadescoep.org.br/tecnologias-sociais/

Cordeiro, K. M. de A. (2020). O impacto da pandemia na educação: a utilização da tecnologia como ferramenta de ensino. IDAAM.

Cunha, M. B. (2010). A biblioteca universitária na encruzilhada. DataGramaZero, 11(6). Recuperado de http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/7266

Dagnino, R., Brandão, F., & Novaes, H. (2004). Sobre o marco analítico-conceitual da tecnologia social. In A. E., Lassance Jr. Tecnologia social uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de janeiro: Fundação Banco do Brasil.

Educação e Mobilização Social (AVANTE). (2020). Tecnologias sociais. Recuperado de http://avante.org.br/quem-somos/tecnologias-sociais/

Fonseca, R., & Serafim, M. A. (2009). Tecnologia social e seus arranjos institucionais. In R., Dagnino. (Org.). Tecnologia Social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: Unicamp.

Freitas, I. M., Andrade, F. M. C., Silva, M. G., Silva, M. das G. M., & Duarte, M. R. L. (2018). Tecnologias sociais e agroecologia: contribuições ao ensino aprendizagem das ciências da natureza na educação do campo. Cadernos de Agroecologia, 13(1). Recuperado de https://cadernos.aba-agroecologia.org.br/cadernos/article/view/794/559

Friedrich, J. L., Silva, K. R. da, & Freitas, C. C. G. (2019). Experiências exitosas de tecnologias sociais utilizadas na educação do campo. Educação Popular, 18(3), 74-90. doi: https://doi.org/10.14393/REP-v18n32019-49305

Gil, A. C. (2009). Estudo de casos: fundamentação científica, subsídios para coleta e análise de dados e como redigir o relatório. São Paulo: Atlas.

Gil, A. C. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.

Gomes, H. F., Prudêncio, D. S., & Conceição, A. V. da. (2010). A mediação da informação pelas bibliotecas universitárias: um mapeamento sobre o uso de dispositivos de comunicação na web. Inf. & Soc., João Pessoa, 20(3), 145-156. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/9047/4812

Gonçalves, H. da M., Mourão, N. M. &, Engler, R. de C. (2016). Design, educação e tecnologias sociais: soluções acessíveis em produtos didático-pedagógicos para o ensino de braile para cegos. Blucher Design Proceedings, 9(2). doi: 10.5151/despro-ped2016-0196

Gonsalves, E. P. (2007). Iniciação à pesquisa científica (4a ed.). Campinas: Alínea.

Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (GACC). (2017). Educação divertida: atitudes do bem. Recuperado de https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/educacao-divertida-atitudes-do-bem

Instituto Amigos da Floresta Amazônica (ASFLORA). (2017). Educando com arte na floresta. Recuperado de https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/educando-com-arte-na-floresta

Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil). (2004). Caderno de debate: tecnologia social no Brasil. São Paulo: Raiz.

Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil). (2020). História: conheça nossa história. Recuperado de https://www.itsbrasil.org.br/historia

Lévy, P. (2001). A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Ed. 34.

Lévy, P. (2005). Pela ciberdemocracia. In D. de, Moraes (Org.). Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder. Niterói: Record.

Lopes, V. R. F., Freitas, C. C. G. & Freitas, F. P. (2017). Educação especial inclusiva e tecnologia social. Rev. Espacios, 38(45). Recuperado de https://www.revistaespacios.com/a17v38n45/a17v38n45p06.pdf

Maffesoli, M. (2004). A comunicação sem fim. In F. M., Martins, & J. M. A, Silva, Genealogia do virtual: comunicação, cultura e tecnologias do imaginário. Porto Alegre: Sulina.

Medeiros, C. B., Galvão, C. E. de S., Correia, S., Gómez, C., & Castilho, L. (2017). Inovação social além da tecnologia social: constructos em discussão. Race, 16(3). doi: https://doi.org/10.18593/race.v16i3.13606

Novaes, H. T., & Dias, R. (2009). Contribuições ao marco analítico-conceitual da tecnologia social. In R. P., Dagnino (Org.). Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: IG/UNICAMP.

Pinho Neto, J. A. S. de. (2009, dezembro). Informação e sociabilidade nas comunidades virtuais: um estudo sobre o Orkut. In Anais do Simpósio Nacional da ABCiber, São Paulo: ESPM, 9.

Rede de Tecnologia Social (RTS). (2020). Histórico. Recuperado de https://www.ritimo.org/Rede-de-Tecnologia-Social

Sales, A. B. de, & Boscarioli, C. (2020). Uso de tecnologias digitais sociais no processo colaborativo de ensino e aprendizagem. RISTI, 37. doi: https://doi.org/10.17013/risti.37.82-98

Santos, L. B., Sgarbi, A. D., & Santiago, I. (2019). Pesquisa intervenção e o desenvolvimento de tecnologias sociais: comunidade, escola e emancipação social. CIAIQ, 1. Recuperado de https://proceedings.ciaiq.org/index.php/CIAIQ2019/article/view/2191/2116

Severino, A. J. (2007). Metodologia do trabalho científico (23a ed.). São Paulo: Cortez.

Sousa, D. S. de & Rufino, S. (2017). Tecnologias sociais: panorama da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. RTS, 13(29). doi: 10.3895/rts.v13n29.4899

Souza, A. C. A. A. de, & Pozzebon, M. (2020). Práticas e mecanismos de uma tecnologia social: proposição de um modelo a partir de uma experiência no semiárido. Organizações & Sociedade, 27(93). doi: https://doi.org/10.1590/1984-9270934

Universidade Federal de Tocantins (UFT). (2018). Projeto da biblioteca do Câmpus de Palmas é destaque em prêmio nacional. Recuperado de https://ww2.uft.edu.br/index.php/ultimas-noticias/21852-projeto-da-biblioteca-do-campus-de-palmas-e-destaque-em-premio-de-abrangencia-nacional

Vasconcelos, E. R. (2020). Tecnologias sociais indígenas amazônicas e ensino de história. IMMES, 3(2). doi: https://doi.org/10.5935/2595-4407/rac.immes.v3n2p171-175

Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e método (3a ed.). Porto Alegre: Bookman.

Zanelli, J. C. (2002). Pesquisa qualitativa em estudos de gestão de pessoas. Estudos da Psicologia, 7, 79-88. Recuperado de https://www.scielo.br/j/epsic/a/GdRk6zHHNz4yL6NBsH6P4yH/?lang=pt&format=pdf

Zaninelli, T. B., Nogueira, C. A., & Peres, A. L. M. (2019). Bibliotecas universitárias: uma perspectiva teórica sobre inovação em serviços informacionais. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 17, e019012. doi: https://doi.org/10.20396/rdbci.v17i0.8652821




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/atoz.v11i0.84684

Apontamentos

  • Não há apontamentos.