Escorregamentos translacionais em vertentes sob condições de chuvas transientes: Estimativa de tempo para a instabilidade como orientação para alertas e alarmes
DOI:
https://doi.org/10.5380/qeg.v16i1.98715Palavras-chave:
Deslizamentos Translacionais, Tempo de Ruptura, Sistemas de Alerta, BrasilResumo
Os intensos eventos de precipitação cada vez mais recorrentes, aliado ao crescimento populacional das últimas décadas resultam em uma sequência de tragédias causadas por deslizamentos translacionais. Nesse sentido, a busca por medidas de prevenção e mitigação de danos tornou-se uma prioridade dos órgãos públicos. Uma ação que visa minimizar as consequências desse processo geológico é o uso de sistemas de alarmes. Entretanto, o uso efetivo dessa alternativa não pode ser generalizado temporalmente ou espacialmente. Assim, o presente trabalho realizou a estimativa do fator de segurança (FS) para porções de vertentes com diferentes declividades de uma área localizada em Campos do Jordão com vista a proposição de uma sistemática de alertas. A partir dos dados geológicos, geotécnicos e de chuvas foi estimado o tempo potencial de ruptura para as diferentes classes de declividade. As unidades geológico-geotécnicas da área de estudo apresentaram comportamentos distintos que orientam adoção de sistemas de alertas diferentes. Sendo que há unidades em que o FS diminui e se mantém inferior a 2 por um tempo longo (de até 27 dias) antes de atingir valores menores ou iguais a 1, de instabilidade. Nestes casos é possível emitir alertas de ruptura potencial em deflagração, permitindo tomadas de decisão e a mitigação de danos em tempo hábil. Em outras unidades a coesão diminui rapidamente e o FS reduz de 2 para 1 em tempos muito curtos (até da ordem 60 minutos), portanto sem um tempo significativo para a emissão de alertas, mas somente de alarmes. Os resultados do estudo demonstram que com a adoção adequada de modelos geológicos em escalas grandes e de dados geológicos e geotécnicos de qualidade, assim como o monitoramento detalhado das chuvas é possível a elaboração de mapas das áreas instáveis de maneira dinâmica em condição transiente e de maneira contínua.
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