Open Journal Systems

Identificação e mapeamento em mesoescala da zona proglacial da geleira Collins, ilha Rei George, Antártica

Carina Petsch, Rafaela Mattos Costa, Kátia Kellem da Rosa, Rosemary Vieira, Jefferson Cardia Simões

Resumo


O objetivo desta pesquisa é caracterizar e interpretar os processos geomorfológicos e formação de geoformas do ambiente proglacial, incluindo a área marginal ao gelo da geleira Collins, Ilha Rei George, Antártica. Foram coletadas 17 amostras nas feições geomorfológicas proglaciais distais e marginais ao gelo. Foi realizada a análise granulométrica e morfoscópica dos grãos e também a presença de estrias e textura da amostra. A partir da identificação dos tipos de feições deposicionais foi feito um mapeamento geomorfológico de mesoescala da zona proglacial. Foram encontradas feições denominadas de flutings, morainas recentes indicativas da retração da geleira e morainas antigas resultantes do avanço. As morainas de avanço indicam a posição da frente da geleira durante a Pequena Idade do Gelo (PIG) e atualmente, encontram-se na zona proglacial distal. A área mapeada na Geleira Collins foi dividida em quatro setores: 1, 2, 3 e 4. Os setores 1, 2 e 3 apresentam uma série de morainas de recessão e flutings com material arredondado e pouco anguloso indicando geleira pouca espessa, retração e ambiente com presença de água líquida. O setor 4 apresenta uma parte da geleira ativa com capacidade de transporte de material com diferentes granulometria e formação de morainas de recessão/estagnação maiores que no setor 1 e 2.


Palavras-chave


glaciologia; zona proglacial; morainas; sedimentos; geleiras

Texto completo:

PDF

Referências


Bennett, M. R.; Glasser, N. F. 1996. Glacial Geology - Ice Sheets and Landforms. Inglaterra, John Wiley, 364 p.

Benn, D. I.; Evans, D. J. A. 2010. Glaciers and Glaciation. Londres: Arnold, 734 p.

Bigarella, J. J.; Hartkopf, C. C.; Sobanski, A. & Trevisan, N. 1955. Textura superficial dos grãos em areias e arenitos. Arquivos de Biologia e Tecnologia, X: 253–275.

Birkenmajer, K., Soliani, E., Kawashita, K. 1990. Reliability of Potassium argon dating of Cretaceous Tertiary island-arc volcanic suites of King George Island, South Shetland Islands (West Antarctica). Bulletin Acaddemic Polonish. Science, v. 30, p. 133–143.

Bremer, U. F. 2008. Solos e geomorfologia da borda leste da península Warszawa, Ilha Rei George, Antártica Marítima. 136 f. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal de Viçosa.

Eklund, A.; Hart, J. K. 1996. Glaciotectonic deformation within a flute from the glacier Isfallsglaciären, Sweden. Journal Quaternary Science, v. 11, p. 299–310.

Fountain, A. G.; Walder, J. S. 1998. Water flow through temperate glaciers. Review Geophysical, n. 36, p. 299–328.

Glasser, N. F.; Hambrey, M. J. 2002. Sedimentary facies and landform genesis at a temperate outlet glacier: Soler Glacier, North Patagonian Icefield. Sedimentology, v. 49 (1), p. 43–64.

Glasser, N. F.; Jansson, K. N.; Harrison, S.; Rivera, A. 2005. Geomorphological evidence for variations of the North Patagonian Icefield during the Holocene. Geomorphology. n. 71, p. 263–277.

Gustavsson, M., Kolstrup, E., Seijmonsbergen, A. C. 2006. A new symbol-and-GIS based detailed geomorphological mapping system: renewal of a scientific discipline for understanding landscape development. Geomorphology, v. 77, p. 90–111.

Hall, B. 2007. Late-Holocene advance of the Collins Ice Cap, King George Island, South Shetland Islands. The Holocene, v. 17, p. 1253–1258.

Hawkes, D. D. 1961. The geology of South Shetland Islands. The petrology of King George Island. Scientific Reports of the Falkland Islands Dependencies Survey, v. 26, p. 1–28.

Hubbard, B.; Glasser, N. 2005. Field Techniques in glaciology and glacial geomorphology. West Sussex: John Wiley, 400 p.

Krumbein, W. C. 1941. Measurement and geological significance of shape and roundness of sedimentary particles. Journal of Sedimentary Petrology, v. 11, p. 64–72.

Mercier, D. 2008. (ed.) Paraglaciaire et changements climatiques, Bulletin de l’Association de Géographes Français, v. 2, p. 131–208.

Mercier, D., Étienne, S. 2008. (Ed.) Paraglacial geomorphology: processes and paraglacial context, Geomorphology, v. 95, p. 1–10.

Michel, R. F. M.; Schaefer, C. E. G. R.; López-Martínez, J.; Simas, F. N. B.; Haus, N. W.; Serrano, E.; Bockheim, J. G. 2014. Soils and landforms from Fildes Peninsula and Ardley Island, Maritime Antarctica, Geomorphology, v. 225, p. 76–86.

Rittenhouse, G. 1943. A visual method for estimating twodimensional sphericity. Journal of Sedimentary Petrology, v. 13, p. 79–81.

Simas, F., C.; Schaefer, M. F. F; Dacosta, I. 2008. Genesis, properties and classification of cryosols from admiralty Bay, Maritime Antarctica. Geoderma, 144 (1-2), p. 116–122.

Simões, C. L.; Rosa, K. K.; Czapela, F.; Vieira, R.; Simoes, J. C. 2015. Collins Glacier Retreat Process and Regional Climatic Variations, King George Island, Antarctica. Geographical Review, v. 105, p. 462–471.

Smith, M. J.; Clark, C. D. 2005. Methods for the visualisation of digital elevation models for landform mapping. Earth Surface Processes and Landforms, n. 30 (7), p. 885–900.

Smellie, J. L. 1983. Syn-plutonic origin and Tertiary age for the Pre- Cambrian False Bay schists of Livingston Island, South Shetland Islands. British Antarctic Survey Bulletin, v. 52, p. 21–32.

Wentworth, C. K. 1922. A scale of grade and class terms for clastic sediments. Journal of Geology, v. 3, p. 377–392.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/abequa.v10i1.60643