Mamíferos do Pleistoceno Superior de Afrânio, Pernambuco, nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/abequa.v2i1-2.14182Palavras-chave:
Pleistoceno, mamíferos, taxonomia, tafonomia, AfrânioResumo
Os mamíferos pleistocênicos são encontrados com frequência em toda a região Nordeste do Brasil. Os fósseis em geral ocorrem em tanques, lagoas, terraços fluviais, cavernas e ravinas. No estado de Pernambuco são registradas ocorrências de mamíferos pleistocênicos em 38 municípios. Neste trabalho, foram estudados aspectos taxonômicos e tafonômicos de paleofauna, preservada em lagoas da bacia do riacho Caboclo, tributário do rio São Francisco, em Afrânio, Pernambuco, Brasil. A pesquisa envolveu levantamento bibliográfico, cartográfico, trabalhos de campo e laboratoriais. Mais de 1.250 ossos, dentes e osteodermos foram estudados. A associação fossilífera é monotípica, poliespecífica, com os graus de fragmentação e desgaste variando em quatro classes. Os ossos foram preservados por conservação da composição química original, permineralização e substituição por calcita e por calcita magnesiana. Foi identificada uma diversificada fauna distribuída em cinco ordens (Tardigrada, Cingulata, Notoungulata, Proboscidea e Perissodactyla), sete famílias (Megatheriidae, Mylodontidae, Dasypodidae, Glyptodontidae, Toxodontidae, Gomphotheriidae e Equidae) com os taxa: Eremotherium laurillardi, Mylodonopsis ibseni, Panochthus greslebini, Holmesina paulacoutoi, Hoplophorus euphractus, Stegomastodon waringi, Toxodon platensis, equídeo e gliptodontideo indeterminados. Foram registrados pela primeira vez em Pernambuco os gêneros Hoplophorus e Mylodonopsis. A paleofauna é predominantemente herbívora, de um paleoambiente de savana ou cerrado. Através da datação por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) de sedimentos depositados em camadas acima dos fósseis, estimou-se uma idade mais antiga do que 11.300±2.000 anos para a última fase de ocupação da megafauna na região.
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