Mamíferos do Pleistoceno Superior de Afrânio, Pernambuco, nordeste do Brasil

Autores

  • Fabiana Marinho Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • César Felipe Cordeiro Filgueiras UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • Alcina Magnólia Franca Barreto UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • Édison Vicente Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DOI:

https://doi.org/10.5380/abequa.v2i1-2.14182

Palavras-chave:

Pleistoceno, mamíferos, taxonomia, tafonomia, Afrânio

Resumo

Os mamíferos pleistocênicos são encontrados com frequência em toda a região Nordeste do Brasil. Os fósseis em geral ocorrem em tanques, lagoas, terraços fluviais, cavernas e ravinas. No estado de Pernambuco são registradas ocorrências de mamíferos pleistocênicos em 38 municípios. Neste trabalho, foram estudados aspectos taxonômicos e tafonômicos de paleofauna, preservada em lagoas da bacia do riacho Caboclo, tributário do rio São Francisco, em Afrânio, Pernambuco, Brasil. A pesquisa envolveu levantamento bibliográfico, cartográfico, trabalhos de campo e laboratoriais. Mais de 1.250 ossos, dentes e osteodermos foram estudados. A associação fossilífera é monotípica, poliespecífica, com os graus de fragmentação e desgaste variando em quatro classes. Os ossos foram preservados por conservação da composição química original, permineralização e substituição por calcita e por calcita magnesiana. Foi identificada uma diversificada fauna distribuída em cinco ordens (Tardigrada, Cingulata, Notoungulata, Proboscidea e Perissodactyla), sete famílias (Megatheriidae, Mylodontidae, Dasypodidae, Glyptodontidae, Toxodontidae, Gomphotheriidae e Equidae) com os taxa: Eremotherium laurillardi, Mylodonopsis ibseni, Panochthus greslebini, Holmesina paulacoutoi, Hoplophorus euphractus, Stegomastodon waringi, Toxodon platensis, equídeo e gliptodontideo indeterminados. Foram registrados pela primeira vez em Pernambuco os gêneros Hoplophorus e Mylodonopsis. A paleofauna é predominantemente herbívora, de um paleoambiente de savana ou cerrado. Através da datação por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) de sedimentos depositados em camadas acima dos fósseis, estimou-se uma idade mais antiga do que 11.300±2.000 anos para a última fase de ocupação da megafauna na região.

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Como Citar

Silva, F. M., Filgueiras, C. F. C., Barreto, A. M. F., & Oliveira, Édison V. (2010). Mamíferos do Pleistoceno Superior de Afrânio, Pernambuco, nordeste do Brasil. Quaternary and Environmental Geosciences, 2(1-2). https://doi.org/10.5380/abequa.v2i1-2.14182

Edição

Seção

Artigos