Efeitos de procedimento de distração não contingente em tratamento odontopediátrico
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v12i2.8910Palavras-chave:
manejo do comportamento, distração não contingente, psicologia aplicada à saúdeResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar se um procedimento de distração não contingente, concomitante ao atendimento, facilitaria o manejo de comportamentos, aumentando a colaboração das crianças. Neste estudo, avaliaram-se dois participantes (PI e PII) de 4 anos, caracterizadas como não colaboradoras. A estratégia de distração realizada na cadeira odontológica ocorreu em sistema de perguntas e respostas não contingente aos comportamentos da criança, baseadas em figuras, ao longo das sessões. As respostas corretas eram reforçadas socialmente e por entrega de fichas-prêmios. As treze sessões foram filmadas e os comportamentos registrados a cada 15 segundos. Observaram-se, comportamentos de protesto, manifestados por meio de alta frequência de choro (PI:1s-74%, 7s-35%, PII: 1s-94%, 6s-40%), apontando que a distração não contingente não apresentou resultados significativos na redução da frequência de respostas não colaborativas. No entanto, o desempenho de acerto de respostas mediante distração aumentou com o decorrer das sessões (PI: 2s-29% e 7s-100% de acerto, PII: 2s-25% e 6s-100% de acerto). Pode-se considerar que a distração não se revelou com uma estratégia adequada com os sujeitos estudados, porém permitiu que estes realizassem as tarefas planejadas, que não eram incompatíveis com não colaboração. A criança aprende outros repertórios mesmo quando submetida a situações aversivas.
Palavras-chave: manejo do comportamento; distração não contingente; psicologia aplicada à saúde.
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