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Generosidade para com Amigo, Desconhecido e Inimigo: Juízos Morais de Crianças e Adolescentes

Liana Gama do Vale, Heloisa Moulin de Alencar

Resumo


Neste estudo, investigamos, em um contexto psicogenético, se crianças e adolescentes, ao julgarem se uma pessoa deve ou não ser generosa para com outra, são influenciados pelo tipo de vínculo (amizade ou inimizade) existente entre essas duas pessoas ou pela ausência de vínculo (desconhecido). Entrevistamos individualmente 30 alunos de uma escola pública de Vitória-ES, nas faixas etárias de 7, 10 e 13 anos. Utilizamos como instrumento uma história-dilema que trazia uma situação escolar cotidiana em que a generosidade poderia ser manifestada para com um personagem que, inicialmente, foi apresentado como amigo, depois, como desconhecido e, por último, como inimigo. Verificamos que a maioria dos participantes decide pela generosidade nas situações de amizade e ausência de vínculo. Os entrevistados de 7 e 10 anos, contudo, sugerem que a ação generosa para com um amigo deve ser mais intensa do que para com um desconhecido. Na situação de inimizade, a maioria dos participantes das três idades decide pela ausência de generosidade. Diante dos resultados encontrados, podemos afirmar, portanto, que a ausência de vínculo influencia os juízos da maioria dos participantes das duas primeiras faixas etárias. A inimizade, por sua vez, influencia os juízos da maior parte dos entrevistados das três idades pesquisadas.

 

Palavras-chave: juízo moral; generosidade; amizade; inimizade; vínculos.


Palavras-chave


juízo moral; generosidade; amizade; inimizade; vínculos

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v13i2.8238