Trabalhar para ganhar menos
O caso das trabalhadoras paraíbanas do Setor de Alimentação de 2010 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.5380/ts.v16i2.90855Palavras-chave:
Economia, Gastronomia, Gênero, Mercado de Trabalho, Mulher.Resumo
A alimentação caminha junto com o homem acompanhando as modificações sociais, inclusive com muitos dos preconceitos que se arraigaram na sociedade. Alguns destes resultaram no “escanteamento” das mulheres no mercado de trabalho que, somada às outras características patriarcais, serve para a criação da teoria do “teto de vidro”. Trata-se de uma lente teórica que analisa as dinâmicas sociais que impedem as mulheres de ascenderem de forma equivalente aos homens. Este estudo se constitui em uma pesquisa quantitativa com o objetivo de investigar a ocupação de trabalhadores(as) no setor de produção de alimentos, na Paraíba, com recorte de gênero. Realizou-se um levantamento bibliográfico e coletou-se dados secundários junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2010 a 2019. Constatou-se que no setor de Alimentação: as Empresas cresceram 2,96%, o Pessoal Ocupado Total cresceu 5,5%, o Pessoal Ocupado Assalariado 6%, os Salários e Outras Remunerações ascendeu 15,3%, enquanto que o Salário Médio Mensal apenas 1,1%. Entre 2010 e 2019, as mulheres representaram 46,3% da População Assalariada, recebendo 44,3% da massa salarial, ficando em posições inferiores aos homens em todos os indicadores. Assim, demonstrou-se a necessidade de uma reestruturação para essa classe, com aumentos salariais proporcionais à sua importância na economia, tratando os gêneros de maneira equânime, inclusive na carga de trabalho e de remunerações. Por fim, é necessário desmantelar as estruturas sociais que inferiorizam a mulher, seja no campo gastronômico ou em outro. Dessa forma, será possível combater máximas como “lugar de mulher é na cozinha”.
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