Práticas ambientalmente sustentáveis em tempos de pandemia: o caso da Família Boroto, em Garibaldi, RS
DOI:
https://doi.org/10.5380/ts.v15i1.79873Palavras-chave:
Turismo, Produtos orgânicos, Covid-19, SustentabilidadeResumo
O setor do turismo tem ocupado um papel relevante no desenvolvimento da economia, mobilidade e globalização. Devido a pandemia da Covid-19, o setor necessitou implementar medidas e adaptações urgentes. Este artigo teve o objetivo de identificar quais foram as práticas ambientalmente sustentáveis desenvolvidas pelo empreendimento turístico de uma propriedade rural localizada no município de Garibaldi-RS, no período da pandemia da Covid-19. Em termos metodológicos, utilizou-se a estratégia de estudo de caso do tipo único com abordagem exploratória e descritiva operacionalizada com técnicas de pesquisas qualitativas e quantitativas. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizadas entrevistas online com o proprietário do empreendimento respeitando as recomendações de isolamento social. As respostas foram gravadas, degravadas, tabuladas e analisadas por meio da técnica análise de conteúdo. Os dados numéricos foram tabulados com o apoio do software Excel. A família responsável pela unidade de produção, Família Boroto, se dedica integralmente a produção do tipo orgânico. O proprietário manifestou preocupação em relação a sustentabilidade ambiental e nesse sentido relatou que o empreendimento desenvolve práticas ambientalmente sustentáveis e, entre elas, destaca-se a gestão de resíduos sólidos e reciclagem e que a crise sanitária trouxe queda no faturamento e pouca demanda por produtos orgânicos. Como resposta o produtor efetivou mudanças nas práticas de gestão, como readaptação de processos, inovação e entrada em novos mercados. Assim, concluiu-se que, mesmo diante da pandemia, o empreendimento teve pontos positivos e as práticas ambientalmente sustentáveis surgiram como uma oportunidade de valorização dos produtos e serviços.