Turismo de inclusão social: as condições de acessibilidade no Parque das Nações Indígenas, Campo Grande – MS (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.5380/tes.v10i3.54281Palavras-chave:
Turismo, Lazer, Turismo de inclusão social, Acessibilidade, Democratização do espaço.Resumo
No ano de 2010, foi constatado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que 224.392 pessoas (25% da população) na cidade de Campo Grande (Mato Grosso do Sul, Brasil), apresentavam algum tipo de deficiência. Esse índice refletiu sobre a necessidade de adequação dos espaços urbanos. O objetivo deste artigo foi analisar as condições de acessibilidade existentes no Parque das Nações Indígenas (Campo Grande, MS) no ano de 2016. A metodologia adotada consistiu na aplicação de três formulários elaborados pelo Ministério do Turismo (2009), contidos no ‘Roteiro de Inspeção - Mapeamento da acessibilidade’. O diagnóstico apresentou o atendimento ou não aos requisitos da legislação e das normas técnicas. O parâmetro de classificação adotado foi o ‘Índice de acessibilidade’ desenvolvido pela Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (2009). Na pesquisa de campo, recorreu-se aos registros fotográficos para evidenciar os elementos de acessibilidade presentes, ausentes e em desacordo com a legislação e normas técnicas. Verificou-se que algumas adequações foram feitas no Parque das Nações Indígenas, entretanto, sem atentar às recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas de número 9050 (2015). Concluiu-se que o Parque das Nações Indígenas não estava apresentando condições satisfatórias de acessibilidade não apenas para seu uso turístico, como também para o lazer da população local, condição que desfavorece o turismo de inclusão social.