Mais capacidade estatal, menos corrupção? Uma análise para a América Latina (1996-2015)
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsocp.v26i68.65284Resumo
RESUMO Introdução: Quanto maior a capacidade estatal, menor a corrupção? O presente trabalho testa a hipótese de que a capacidade estatal diminui os níveis de corrupção na América Latina no período entre os anos de 1996 e 2015. Materiais e Métodos: Para um teste de robustez, o nível de ausência da corrupção foi medido através de dois índices diferentes, o índice CPI da ONG Transparência Internacional e o índice CCI do Banco Mundial. A capacidade estatal foi medida através da arrecadação de impostos como porcentagem do PIB; a capacidade coercitiva do Estado foi medida através das despesas militares como porcentagem do PIB; a capacidade administrativa foi medida através do índice de qualidade burocrática do ICRG. Para os testes de hipóteses foram estimados dois painéis de dados PCSE, um com o CPI como variável dependente e outro com o CCI como variável dependente. Resultados: Os resultados sugerem que a principal hipótese foi confirmada: a capacidade estatal aumenta os níveis de ausência de corrupção, mesmo após o teste de robustez para as duas medidas de ausência de corrupção e com controles para possíveis determinantes políticas e socioeconômicas da corrupção sugeridas pela literatura. Entretanto, a medida de capacidade administrativa só obteve significância com o índice CCI como variável dependente. Discussão: Esta pesquisa irá contribuir para a literatura ao analisar um novo determinante da corrupção, a capacidade estatal, mostrando que esta deve ser incluída nos estudos que pretendem analisar suas causas.
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