Processos de democracia direta: sim ou não? Os argumentos clássicos à luz da teoria e da prática

Autores

  • Rolf Rauschenbach Núcleo de Pesquisa de Política Pública NUPPs da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5380/rsocp.v22i49.38782

Palavras-chave:

Instituições democráticas, processos de democracia direta, iniciativa popular, plebiscito, referendo, representação

Resumo

Regularmente surgem controvérsias sobre os processos de democracia direta, dos quais os mecanismos mais frequentes são a iniciativa popular, o plebiscito e o referendo. Por um lado, há autores que defendem a posição de que essas instituições tornam o jogo político mais lento, caro, confuso e ilegítimo; outros defendem a posição contrária e argumentam que processos de democracia direta são fundamentais para os cidadãos e a qualidade da democracia. O presente estudo analisa esse tema em torno de sete questões, baseadas em considerações teóricas e pesquisas empíricas: 1. A questão entre o minimalismo e o maximalismo democrático; 2. A concorrência entre maioria e minoria; 3. A concorrência entre as instituições representativas e os processos de democracia direta; 4. A questão da competência dos cidadãos; 5. A questão dos efeitos colaterais dos processos de democracia direta; 6. A questão do tamanho do eleitorado; 7. A questão dos custos dos processos de democracia direta. As sete questões são analisadas a partir de uma revisão bibliográfica que considera tanto fontes nacionais como internacionais. O estudo mostra que os processos de democracia direta podem ser um complemento para as instituições representativas em um sistema democrático. O bom desempenho dos plebiscitos, referendos e iniciativas populares depende tanto da regulamentação destes como também do desempenho das outras instituições políticas e da situação socioeconômica de um país. O estudo permite ampliar e aprofundar o debate sobre processos de democracia direta no Brasil.

Biografia do Autor

Rolf Rauschenbach, Núcleo de Pesquisa de Política Pública NUPPs da Universidade de São Paulo

Doutor em Ciência Política pela Universität St. Gallen, Suíça, e pesquisador afiliado do Núcleo de Pesquisa de Política Pública NUPPs da Universidade de São Paulo

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Publicado

2014-03-01

Como Citar

Rauschenbach, R. (2014). Processos de democracia direta: sim ou não? Os argumentos clássicos à luz da teoria e da prática. Revista De Sociologia E Política, 22(49), 205–230. https://doi.org/10.5380/rsocp.v22i49.38782

Edição

Seção

Artigos Originais