A política externa cubana nos anos 90: condicionantes internos e inserção internacional
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsocp.v22i49.38776Palavras-chave:
Política Externa, Cuba, Diplomacia Social, Condicionantes, Inserção InternacionalResumo
O presente trabalho analisa a política externa cubana nos anos 90, depois do colapso do bloco soviético, que conduziu o país a mais grave crise econômica de sua história recente e a um relativo isolamento internacional, elementos que foram determinantes para sua reinserção internacional. A partir disto aponta que sua reinserção internacional se fundamenta na afirmação da soberania nacional, na ampliação dos atores envolvidos na formulação e execução de tal política, na busca de novos parceiros que conduziu a uma inserção pendular no cenário internacional e no desenvolvimento da diplomacia social. A pesquisa foi realizada através de levantamento e análise bibliográfica, bem como de dados indicativos da situação econômica do país e de sua inserção internacional, combinando elementos de análise quantitaviva com a qualitativa. A hipótese inicial fundamenta-se na reorientação da política externa cubana, com o fim do bloco soviético, e na sua reinserção, embora tensa, no cenário internacional determinadas pela crise interna e pelo novo contexto internacional. O levantamento de dados foi possível através de pesquisas in loco e em portais e publicações de organismos como a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) e ONEI (Oficina Nacional de Estadistica y Informaciones), assim como de autores dedicados ao tema. Através de análise crítica e comparativa de tais dados e informações estabelece as variáveis fundamentais e os elementos que permitem a compreensão da política externa cubana no período mencionado. Tal trabalho demonstra que a política externa cubana foi resultado da interação entre os fatores domésticos, a crise econômica e social que o país enfrentou, e de fatores internacionais. Além disto, aponta que ocorreu uma reorientação da política externa cubana com o desenvolvimento de novas estratégias e parcerias para sua reinserção internacional. Finalmente, demonstra que tal política obteve um sucesso relativo, pois permitiu uma parcial recuperação econômica e a manutenção do regime. O artigo contribui para o conhecimento da realidade interna e da inserção internacional de Cuba no novo contexto internacional, aspectos relativamente ignorados na academia brasileira e propicia novos elementos para compreensão dos aspectos determinantes da política externa dos Estados no contexto da globalização.
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