A CONSTRUÇÃO INSTITUCIONAL DA POLÍTICA COMERCIAL BRASILEIRA: A CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR (CAMEX) NO GOVERNO CARDOSO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsp.v21i45.34447Palavras-chave:
política comercial, mudança institucional, política burocrática, conflito burocráticoResumo
O objetivo deste trabalho é analisar o processo de construção das instituições que regeram a política de comércio
exterior no Brasil durante o governo Cardoso, tendo como foco as relações entre a mudança institucional e a
dinâmica político burocrática interna ao Poder Executivo, com o qual avaliamos as condições nas quais o conflito
burocrático é uma variável importante no processo de mudança institucional. Dado que o comércio exterior é uma
atividade ampla, optamos por analisar as reformas realizadas sobre o seu quadro de coordenação: os processos de
formação e reformas da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). Desenvolvemos na primeira parte do trabalho um
arcabouço analítico a partir de uma avaliação breve e crítica do que já foi produzido sobre a influência e as
implicações da participação da burocracia no jogo político, do qual derivamos as hipóteses de pesquisa. Em seguida,
analisamos o papel exercido pelo conflito interno ao Poder Executivo entre as diferentes agências envolvidas
com a política comercial e como foi a ação da Presidência. Propomos, finalmente, que o conflito e a disputa entre
burocracias foi um fator determinante para a instabilidade institucional e para a consolidação de um formato subótimo,
que encontra dificuldades no cumprimento das funções de coordenação do comércio exterior brasileiro. A
partir da proposição de um novo arcabouço teórico que concatena diferentes debates a respeito da política burocrática,
derivamos a proposição central da pesquisa que reside na expectativa de como as interações entre os atores
políticos e burocráticos dentro do Poder Executivo afetam os resultados dos processos decisórios sobre mudança
institucional.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores transferem os direitos autorais dos seus manuscritos para a Revista de Sociologia e Política. Além disso, o autor compromete-se a citar a primeira edição do artigo em todas as edições posteriores, incluindo em línguas estrangeiras.
O conteúdo da Revista de Sociologia e Política está licenciado de acordo com a Creative Commons (atribuição tipo CC BY 4.0 ), que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado. Todo o acervo do nosso periódico é de acesso livre e aberto. Os autores concedem os direitos autorais dos seus manuscritos para a Revista de Sociologia e Política.