A NOVÍSSIMA CHINA E O SISTEMA INTERNACIONAL

Autores

  • Paulo G. Fagundes Visentini Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs)

DOI:

https://doi.org/10.5380/rsp.v19i40-1.31758

Palavras-chave:

diplomacia chinesa, sistema internacional, relações China-África

Resumo

A chegada da China à periferia em desenvolvimento, com uma agenda política e econômica abrangente,inaugura um novo estágio na projeção internacional chinesa e no próprio sistema mundial. Quais são osobjetivos dessa Novíssima China em termos de política internacional? Não são poucos os que identificamnas ações chinesas aspirações ambiciosas de dominação mundial, sucedendo os Estados Unidos comoliderança do planeta. Em uma manifestação que beira a sinofobia (como outrora o “perigo amarelo”),argumentam que seu desenvolvimento almeja concentrar a riqueza mundial em suas mãos, quebrando coma economia das demais nações. Tomando como base as relações estabelecidas com o continente africano,defendemos a hipótese de que Pequim inaugura uma nova etapa na grande política internacional e suplantaa fase em que a Nova China lutava para recuperar sua soberania e desenvolvimento, começando a NovíssimaChina a transformar o próprio sistema mundial. Para tal, argumentamos que a China busca evitar ashegemonias, tanto a dos Estados Unidos como a dela própria, pois nesse último caso, poderia ter a mesmasorte que a Alemanha nas duas guerras mundiais. Não se trata de uma tarefa fácil, pois a China move-se emmeio à fluidez diplomática do período posterior à Guerra Fria e ao envelhecimento do capitalismocontemporâneo em seus centros históricos.

Biografia do Autor

Paulo G. Fagundes Visentini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs)

Paulo G. Fagundes Visentini (paulovi@ufrgs.br) é Doutor em História Econômica pela Universidade deSão Paulo (USP) e Professor de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul(Ufrgs).

Downloads

Como Citar

Visentini, P. G. F. (2011). A NOVÍSSIMA CHINA E O SISTEMA INTERNACIONAL. Revista De Sociologia E Política, 19(40-1). https://doi.org/10.5380/rsp.v19i40-1.31758

Edição

Seção

Dossiê China