ROTINAS BUROCRÁTICAS E LINGUAGENS DO ESTADO: POLÍTICAS DE REGISTROS ESTATÍSTICOS CRIMINAIS SOBRE MORTES VIOLENTAS NO RIO DE JANEIRO E EM BUENOS AIRES

Autores

  • Ana Paula Mendes de Miranda Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • María Victoria Pita Universidad de Buenos Aires (UBA, Argentina)

DOI:

https://doi.org/10.5380/rsp.v19i40.31712

Palavras-chave:

registros, criminalidade, mortes violentas, comparação

Resumo

Este artigo parte do interesse em produzir uma base de dados comparável das regiões metropolitanas doRio de Janeiro e de Buenos Aires. Ao longo da pesquisa verificou-se que para atingir tal objetivo serianecessária a explicitação dos processos técnicos e das competências políticas que, no Brasil e na Argentina,deram lugar a modos específicos de produção de informação em matéria de criminalidade, com destaqueàs conjunturas particulares que levaram, em cada caso, a que os dados oficiais sobre criminalidade fossemobjeto de disputas políticas, e à existência de conflitos intra e interinstitucionais. O que era, também,matéria de que se nutria a “opinião pública” quando o debate sobre a segurança pública ascendia noranking da agenda pública. Tal abordagem permite concluir que as cifras falam mais sobre as instituiçõesque a produziram do que sobre a criminalidade ou sobre a situação das mortes violentas nas regiõesmetropolitanas do Rio de Janeiro e de Buenos Aires. Portanto, neste artigo, tratar-se-á de apresentar comoesses dados, para poderem ser considerados comparáveis entre regiões metropolitanas tão próximas e tãodistantes como Buenos Aires e Rio de Janeiro, necessitaram ser (de)compostos e (des)agregados parapoder-se compará-los e lê-los como indicadores de formas violentas de resolução de conflitos.

Biografia do Autor

Ana Paula Mendes de Miranda, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Ana Paula Mendes de Miranda (ana_paulamiranda@yahoo.com.br; amiranda@isp.rj.gov.br) é Doutoraem Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), Professora do Programa de Pós-Graduaçãoem Antropologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Coordenadora-Executiva do NúcleoFluminense de Estudos e Pesquisas (Nufep).

María Victoria Pita, Universidad de Buenos Aires (UBA, Argentina)

María Victoria Pita (mariapita@gmail.com) é Professora Adjunta do curso de Ciencias Antropológicasda Universidad de Buenos Aires (UBA, Argentina) e Investigadora Adjunta do Consejo Nacional deInvestigaciones Científicas y Técnicas (Conicet).

Downloads

Como Citar

Miranda, A. P. M. de, & Pita, M. V. (2011). ROTINAS BUROCRÁTICAS E LINGUAGENS DO ESTADO: POLÍTICAS DE REGISTROS ESTATÍSTICOS CRIMINAIS SOBRE MORTES VIOLENTAS NO RIO DE JANEIRO E EM BUENOS AIRES. Revista De Sociologia E Política, 19(40). https://doi.org/10.5380/rsp.v19i40.31712

Edição

Seção

Dossiê Crime, Segurança e Intituições Estatais: Problemas e Perspectivas