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ROTINAS BUROCRÁTICAS E LINGUAGENS DO ESTADO: POLÍTICAS DE REGISTROS ESTATÍSTICOS CRIMINAIS SOBRE MORTES VIOLENTAS NO RIO DE JANEIRO E EM BUENOS AIRES

Ana Paula Mendes de Miranda, María Victoria Pita

Resumo


Este artigo parte do interesse em produzir uma base de dados comparável das regiões metropolitanas doRio de Janeiro e de Buenos Aires. Ao longo da pesquisa verificou-se que para atingir tal objetivo serianecessária a explicitação dos processos técnicos e das competências políticas que, no Brasil e na Argentina,deram lugar a modos específicos de produção de informação em matéria de criminalidade, com destaqueàs conjunturas particulares que levaram, em cada caso, a que os dados oficiais sobre criminalidade fossemobjeto de disputas políticas, e à existência de conflitos intra e interinstitucionais. O que era, também,matéria de que se nutria a “opinião pública” quando o debate sobre a segurança pública ascendia noranking da agenda pública. Tal abordagem permite concluir que as cifras falam mais sobre as instituiçõesque a produziram do que sobre a criminalidade ou sobre a situação das mortes violentas nas regiõesmetropolitanas do Rio de Janeiro e de Buenos Aires. Portanto, neste artigo, tratar-se-á de apresentar comoesses dados, para poderem ser considerados comparáveis entre regiões metropolitanas tão próximas e tãodistantes como Buenos Aires e Rio de Janeiro, necessitaram ser (de)compostos e (des)agregados parapoder-se compará-los e lê-los como indicadores de formas violentas de resolução de conflitos.

Palavras-chave


registros; criminalidade; mortes violentas; comparação

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