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O AGRONEGÓCIO E O PROBLEMA DO TRABALHO INFANTIL

Joel Orlando Bevilaqua Marin

Resumo


O artigo buscar identificar e analisar as razões que levaram alguns setores do agronegócio a engajarem-seà luta pela erradicação do trabalho infantil no Brasil, desencadeada por organismos internacionais dedefesa dos direitos da infância e da adolescência. Nossa hipótese é a de que a globalização da economia ea internacionalização dos direitos das crianças colocaram em evidência o problema do trabalho infantil,exigindo, portanto, a mobilização dos setores empresariais vinculados às cadeias produtivas do agronegóciono Brasil. O artigo está dividido em quatro seções inter-relacionadas. Na primeira, procura-se evidenciara interferência de problemas sociais e trabalhistas no âmbito das atividades econômicas de setores doagronegócio, no atual contexto da globalização. Na seqüência, são estudados os principais investimentosda Organização das Nações Unidas, do Unicef e da Organização Internacional do Trabalho para internalizaros direitos da infância e as políticas de combate ao trabalho infantil, destacando suas repercussões noBrasil. Na terceira, são analisadas as estratégias adotadas por empresas vinculadas ao agronegócio paraevitar a exploração da mão-de-obra infantil em suas cadeias produtivas. Por último, busca-se compreenderas motivações que levaram os empresários do agronegócio a ingressarem na luta contra o trabalho infantil.Conclui-se que as empresas vinculadas ao agronegócio aderiram aos propósitos de combate ao trabalhoinfantil em virtude da internacionalização dos direitos das crianças e adolescentes, da inclusão de cláusulassociais nos mercados internacionais, da intensificação da fiscalização do poder público, do crescimentode ações de responsabilidade social empresarial e do aumento da consciência dos consumidores.

Palavras-chave


Agronegócio; globalização; trabalho infantil; direitos de infância; exploração

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