BUROCRACIA PÚBLICA E CLASSES DIRIGENTES NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsp.v28i0.11692Palavras-chave:
bureaucracy, ruling classes, entrepreneurs, economic development, bureaucratie, classe dirigeante, développement économique,Resumo
O Brasil experimentou a industrialização e um grande desenvolvimento econômico entre 1930 e 1980. É o
período da estratégia nacional-desenvolvimentista iniciada por Getúlio Vargas e retomada, depois de uma
crise nos anos 1960, pelos militares no poder. Em todo esse período, a burocracia pública desempenhou
papel-chave, sempre associada à burguesia industrial. Essas duas classes surgem para a vida política nos
anos 1930 e, associadas aos trabalhadores que desempenham o papel de sócios menores, promovem a
Revolução Industrial brasileira. Nos anos 1960, a radicalização de esquerda e o alarmismo de direita,
provocados principalmente pela Revolução Cubana de 1959, levam a um golpe militar em que burguesia e
militares associam-se aos Estados Unidos. Não obstante, burguesia e burocracia pública voltam a adotar
uma política econômica nacionalista e desenvolvimentista nos anos seguintes. Nos anos 1980, porém, a
grande crise da dívida externa leva ao rompimento desta aliança, e, a partir do início dos anos 1990, à
rendição ao neoliberalismo vindo do Norte. Nesse momento, a burocracia pública, desorientada, tratou de
defender seus próprios interesses corporativos. A partir dos anos 1990, porém, envolve-se na Reforma
gerencial do Estado de 1995. O neoliberalismo, contudo, que tornara-se dominante, perde hegemonia nos
anos 2000 devido a seu fracasso em promover o desenvolvimento econômico. Estes dois fatos, de um lado,
restabelecem novas perspectivas republicanas para a burocracia pública; de outro, sugerem que uma
aliança renovada entre a burocracia pública e a burguesia industrial pode ser novamente possível, de
forma que o país retome o desenvolvimento econômico.Downloads
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