OITI 1.0: CONCEITO DE APLICAÇÃO DIGITAL PARA FACILITAÇÃO DA SELEÇÃO DE ESPÉCIES PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA
DOI:
https://doi.org/10.5380/revsbau.v18i3.91062Palavras-chave:
Árvores Urbanas, Espécies Nativas, Infraestrutura verde, Sistema InformatizadoResumo
Desde a colonização do Brasil, seus biomas vêm sofrendo a cada ano sucessivas transformações, fato esse exemplificado pela Mata Atlântica, a qual perde sua vegetação nativa para atividades econômicas, como mineração, agropecuária e urbanização. Nesse último ponto, a arborização urbana surge como uma solução para minimizar expansão urbana descontrolada, mitigando os efeitos das mudanças climáticas e da degradação ecológica. Porém, a maioria das cidades brasileiras não possui critérios técnico-científicos na seleção de espécies, consequência da carência de informações nesse âmbito. Procurando soluções para esse problema, esta pesquisa buscou desenvolver um conceito de aplicação digital para facilitar o uso de espécies nativas na arborização urbana. O estudo envolveu duas etapas: revisão bibliográfica e desenvolvimento de um protótipo de um aplicativo digital. A partir disso, foram selecionados 32 parâmetros para implementação de árvores em ambientes urbanos, divididos em quatro classes, auxiliando a seleção de espécies para os diversos cenários necessários. O mockup desenvolvido pode auxiliar o desenvolvimento de uma aplicação digital para a arborização urbana, fornecendo uma ferramenta importante para profissionais acessarem informações científicas. Dessa forma, conclui-se que a produção de um aplicativo digital que agregue informações relevantes para a arborização urbana consiste em um importante alicerce para a promoção da diversidade existente na Mata Atlântica e a conservação de suas espécies nativas, devendo, a proposta aqui apresentada ser explorada em demais propostas.
Referências
BARROS, E.F.S.; CARVALHO, R.S.C.; GUILHERME, F.A.G. Arborização urbana em regiões de diferentes padrões construtivos no município de Jataí, Estado de Goiás. Anais... 16° Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais, p.1333-1336. 2007.
BIONDI, D.; ALTHAUS. M. Árvores de Rua de Curitiba: cultivo e manejo. Curitiba: FUPEF, 2005. 117 p.
BOBROWSKI, R.; BIONDI, D. Comportamento de índices de diversidade na composição da arborização de ruas. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 23, n. 4, 475-486, 2016.
CABRAL, D. C. Substantivismo econômico e história florestal da América portuguesa. Varia História, Belo Horizonte, v. 24, n. 39, p. 113-133, 2008.
COSTA, R. N.; MELLO, R. DE. Um panorama sobre a biologia da conservação e as ameaças à biodiversidade brasileira. Sapiens, Carangola, v. 2, n. 2, p. 50–69, 2020.
DAVIES, H.; DOICK, K.; HANDLEY, P.; O’BRIEN, L.; WILSON, J. (Eds.). Delivery of ecosystem services by urban forests. Edinburgh: Forestry Commission, 2017. 28 p.
DIAS, M. R; BARBOSA, M. G.; MEDVEDOVSKI, N. S. Requalificação da Rua Paulo Guilayn através de uma ação de arborização urbana. Expressa Extensão, Pelotas, v. 24, n. 2, p. 61-73, 2019.
GALENO, D. S; MOREIRA, T. M. M.; VERGARA, C. M. A. C.; SAMPAIO, H. A. C.; VASCONCELOS FILHO, J. E. Design de uma tecnologia mHealth para escores de estratificação de risco cardiovascular apoiado no Letramento em Saúde. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 44, n. 126, 656-665, 2020.
GALVÃO, M. C. B.; RICARTE, I. L. M. REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA: conceituação, produção e publicação. Logeion: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 57-73, 15 set. 2019.
GONÇALVES, L. M.; MONTEIRO, P. H. S.; SANTOS, L. S.; MAIA, N. J. C.; ROSAL, L. F. Arborização Urbana: a Importância do seu Planejamento para Qualidade de Vida nas Cidades. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, v. 22, n. 2, p. 128–136, 2018.
GREY, G. W.; DENEKE, F. J. Urban Forestry. New York: John Wiley, 1978. 280 p.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico - 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível: . Acesso: 04 de set. de 2023.
INPE - INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES): Taxas Anuais, 2021. Disponível em: <http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/deforestation/ biomes/amazon/increments>. Acesso em: 13 de abril de 2023.
KRAMER, J. A.; KRUPEK, R. A. Caracterização florística e ecológica da arborização de praças públicas do município de Guarapuava, PR. Revista Árvore, Viçosa, v. 36, n. 4, p. 647-658, 2012.
OLIVEIRA, M. T. P.; SILVA, J. L. S..; CRUZ-NETO, O.; BORGES, L. A.; GIRÃO, L. C.; TABARELLI, M.; LOPES, A. V. Urban green areas retain just a small fraction of tree reproductive diversity of the Atlantic Forest. Urban Forestry & Urban Greening, v. 54, p. 126779, out. 2020.
PAGLIARI, S. C. Arborização urbana: importância das espécies adequadas. Disponível em: <http://editora.unoesc.edu.br/index.php/acet/article/download/1083/pdf_2>. Acesso em: 15 nov. 2021.
REFLORA - Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio De Janeiro. 2023. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 24 abr. 2023.
REIS NETO, A. F.; SILVA, L. J. A.; ARAÚJO, M. D. S. B. Mata atlântica pernambucana: Argumentos jurídicos para implementação da R.E.D.D. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 14, n. 30, p. 143-168, 2017.
RIZKITA, N.; ROSELY, E.; NUGROHO, H. Aplikasi Pendaftaran dan Transaksi Pasien Klinik Hewan di Bandung Berbasis Web. eProceedings of Applied Science, Bandung, v. 4, n. 3, p. 1512, 2018.
ROCHA, M. J. R.; CUPERTINO-EISENLOHR, M. A.; LEONI, L. S.; SILVA, A. G.; NAPPO, M. E. Floristic and ecological attributes of a Seasonal Semideciduous Atlantic Forest in a key area for conservation of the Zona da Mata region of Minas Gerais State, Brazil. Hoehnea, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 29-43, 2017.
ROCKWELL, C. A.; CROW, A.; GUIMARÃES, E. R.; RECINOS, E.; LABELLE, D. Species Richness, Stem Density, and Canopy in Food Forests: contributions to ecosystem services in an urban environment. Urban Planning, Lisboa, v. 7, n. 2, p. 139-154, 31 mai. 2022.
SALBITANO, F.; BORELLI, S.; CONIGLIARO, M.; CHEN, Y. (Eds). Guidelines on urban and peri-urban forestry. FAO Forestry Paper n° 178. Roma: Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2016.
SDSMA - SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE. Manual de Arborização Urbana: orientações e procedimentos técnicos básicos para implantação e manutenção da arborização da cidade do Recife. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 2017. 55 p.
SEMAM - SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE ARACRUZ. Manual de recomendações técnicas para projetos de arborização urbana e técnicas de podas. Aracruz: Prefeitura de Aracruz, 2013. 34 p.
SHAN, X.; NEO, V. Z. Y.; YANG, E. H. Mobile app-aided design thinking approach to promote upcycling in Singapore. Journal of Cleaner Production, v. 317, p. 128502, out. 2021.
SILVA, M. P.; FONTES, M. S. G C. Parâmetros espaciais e estético-ambientais de avaliação da qualidade da arborização viária. Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, Tupã, v. 6, n. 38, p. 75-90, 2018.
SILVEIRA, J. A. R.; LIMA, L. E. O.; OLIVEIRA, J. X. A. Estratégias internacionais e tecnologias de gestão da arborização urbana. Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, Tupã, v. 8, n. 60, p. 24-40, 28 jun. 2020.
SOARES, A. M.J.; ALVES, R.L.; TARGINO, E.N.M.A.. Da teoria à prática: a formação do administrador contemporâneo dinamizada por Metodologias Ativas. Revista Brasileira de Ensino Superior, Passo Fundo, v. 3, n. 4, p. 36-58, 2017.
SOS MATA ATLÂNTICA. Mata Atlântica: Espécies da Mata Atlântica. Disponível em <https://www.sosma.org.br/conheca/mata-atlantica/>. Acesso em: 15 de out. 2021.
SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de 2017-2018. Disponível em: <https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2019/05/Atlas-mata-atlantica_17-18.pdf>. Acesso em: 14 de out de 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.