PERSPECTIVAS PARA ESTIMATIVA DE BIOMASSA VIVA E ESTOQUE DE CARBONO ACIMA DO SOLO EM ÁREAS VERDES URBANAS DO DOMÍNIO MATA ATLÂNTICA, BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/revsbau.v17i4.86446

Palavras-chave:

Equações alométricas, Método não destrutivo, Sequestro de carbono, Serviços ecossistêmicos.

Resumo

As áreas florestais são excelentes sumidouros de carbono e sua conservação é considerada como uma estratégia de redução da emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. Na Mata Atlântica, que ocupa 15% do território brasileiro, as áreas verdes urbanas possuem papel importante na qualidade de vida de sua população, que equivale a 52% da população do país. A pesquisa teve o objetivo de analisar na literatura científica os principais métodos não destrutivos utilizados (entre 2000 e 2020) para estimar a biomassa viva e o estoque de carbono acima do solo, em florestas da Mata Atlântica, com vistas à aplicação em áreas verdes urbanas. Foi elaborada uma planilha com as principais equações alométricas e parâmetros encontrados na literatura. Dentre as pesquisas levantadas, 59 foram selecionadas para análise de acordo com os critérios aplicados. Constatou-se que apenas 20% das pesquisas foram realizadas em áreas verdes urbanas. O fator de conversão de biomassa viva para o estoque de carbono foi o principal método, utilizado em 70% das pesquisas analisadas. Os métodos indiretos, como os de sensoriamento remoto e emergia são interessantes pela praticidade e custos menos elevados. Destaca-se a importância dos inventários florestais, bem como do desenvolvimento de metodologias apropriadas para o estudo da biomassa viva e do estoque de carbono acima do solo nas áreas verdes urbanas, visando ampliar o conhecimento nesta área e apoiar decisões.

Biografia do Autor

Mariana Rocha Santos Guimarães, Instituto Vital Brazil

Graduada em Ciências Biológicas com ênfase em Meio Ambiente pela Universidade Federal Fluminense. Possui interesse na área de Ecologia e Zoologia. Fundadora e presidente da Liga Acadêmica de Relações Ambientais (LiARA), ex bolsista CNPq como aluna do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica pela Embrapa Solos. Atualmente é funcionária do Instituto Vital Brazil, atuando na elaboração de atividades de educação ambiental sobre animais peçonhentos de importância médica e pesquisa com Herpetofauna.

Rachel Bardy Prado, Embrapa Solos

Bióloga pela Universidade Federal de São Carlos, fez mestrado e doutorado em ciências da engenharia ambiental pela USP de São Carlos, realizou especialização em planejamento de recursos hídricos pela Universidade Federal do Amazonas, em serviços ecossistêmicos pela Universidade Autônoma de Madrid, Espanha e possui MBA em Gestão de Projetos pela Esalq-USP. Foi membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro e Presidente do Portfólio de Serviços Ambientais da Embrapa, assim como professora convidada da Universidade Federal Fluminense - UFF. É pesquisadora há 19 anos na Embrapa Solos, Rio de Janeiro, atuando nos temas planejamento e monitoramento de bacias hidrográficas, sustentabilidade na agricultura, serviços ecossistêmicos e apoio às políticas públicas correlatas.

Elaine Cristina Cardoso Fidalgo, Embrapa solos

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (1985), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1995) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Embrapa Solos. Tem experiência na área de Planejamento Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, sensoriamento remoto, zoneamento ambiental e serviços ambientais.

Joyce Maria Guimarães Monteiro, Embrapa Solos

Agrônoma formada pela Universidade Federal de Lavras, MG - UFLA (1990), mestre em Ecologia pela Universidade de Brasília - UnB (1995) e doutora em Planejamento Energético e Ambiental pela COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ (2007). Pesquisadora da Embrapa Solos, Rio de Janeiro, Brasil desde 2007. Experiência em Agronomia com ênfase em ecologia e planejamento ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: serviços ecossistêmicos do solo em sistemas agropecuários e florestais como estratégia de adaptação e mitigação às mudanças climáticas, avaliação da sustentabilidade rural, Soluções Baseadas na Natureza e políticas públicas para segurança alimentar, hídrica e energética.

Jerônimo Boelsums Barreto Sansevero, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestrado e doutorado pela Escola Nacional de Botânica Tropical (ENBT) - Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Ciências Ambientais (DCA), Instituto de Florestas (IF) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e membro do Laboratório de Ecologia Aplicada - LEAp - UFRRJ. Principais linhas de pesquisa: ecologia vegetal, ecologia funcional, modelagem de trajetórias sucessionais de florestas tropicais, restauração ecológica (implantação e monitoramento) e serviços ecossistêmicos. Também desenvolve atividades voltadas para a formulação e fortalecimento de políticas públicas com objetivo de promover a restauração ecológica em larga escala.

 

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Publicado

2022-12-12

Como Citar

Guimarães, M. R. S., Prado, R. B., Fidalgo, E. C. C., Monteiro, J. M. G., & Sansevero, J. B. B. (2022). PERSPECTIVAS PARA ESTIMATIVA DE BIOMASSA VIVA E ESTOQUE DE CARBONO ACIMA DO SOLO EM ÁREAS VERDES URBANAS DO DOMÍNIO MATA ATLÂNTICA, BRASIL. Revista Da Sociedade Brasileira De Arborização Urbana, 17(4), 41–59. https://doi.org/10.5380/revsbau.v17i4.86446

Edição

Seção

Ecologia Urbana