ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL (ZCAS) E IMPACTOS PLUVIAIS INTENSOS: O CASO DA CIDADE DE UBÁ/MG (SOUTH ATLANTIC CONVERGENCE ZONE (SACZ) AND INTENSE RAINFALL IMPACTS: THE CASE OF THE CITY OF UBÁ/MG)
DOI:
https://doi.org/10.5380/abclima.v19i0.35684Keywords:
Crescimento Urbano, Impactos Pluviais, Ubá/MG, Zona de Convergência do Atlântico SulAbstract
Localizada na mesorregião da Zona da Mata mineira, a cidade de Ubá/MG está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, sendo banhada pelo Ribeirão Ubá, um dos afluentes do Rio Xopotó. Além dos vários cursos d’águas que cortam o município, este também tem como característica um relevo bastante montanhoso e onduloso, dificultando sua ocupação. Historicamente, a área foi ocupada densamente por vários tipos de construções, partindo das margens dos cursos d’águas e na sequência em encostas e topos de morros, provocando nos períodos chuvosos alguns transtornos, como as inundações e os movimentos de massa. Devido a sua localização latitudinal (21ºS), Ubá/MG sofre a influência de fenômenos meteorológicos de latitudes médias e tropicais que imprimem à região características de um clima de transição, o que acarreta em elevados índices pluviométricos durante os meses de primavera e verão, que podem gerar consequências danosas. Devido a estes fatores, a presente pesquisa tem como objetivo relacionar os impactos pluviais dos últimos anos registrados pela Defesa Civil local com os sistemas atmosféricos atuantes durante tais impactos, além de demonstrar as consequências dos mesmos. Observou-se que o período chuvoso em Ubá inicia-se no mês de outubro e se prolonga até abril, sendo novembro, dezembro e janeiro os meses com os maiores índices registrados. Além disso, grande parte das chuvas de intensidade “forte”, “muito forte” e “extremamente forte” ocorrem nesse período, sendo, portanto, tais meses os mais propensos a acontecerem impactos pluviais. Em todos os eventos em que foram decretadas as Situações de Emergência no município ubaense, com exceção de 2009, a ZCAS influenciou nos acumulados de precipitação. No entanto, a chuva não é a única responsável pelos impactos, pois o intenso crescimento do espaço físico da cidade contribui na ocorrência de desastres.
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