PADRÕES CLIMATOLÓGICOS ASSOCIADOS A EVENTOS DE SECA NO LESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rbclima.v28i0.76268Palavras-chave:
eventos de seca, SPEI, São Paulo, teleconexõesResumo
Os mecanismos de ocorrência de secas no Sudeste do Brasil são complexos, pois a região encontra-se em uma zona de transição entre os regimes atmosféricos tropical e extratropical. Este trabalho apresenta as condições climatológicas médias sazonais no início de eventos de seca na faixa leste do estado de São Paulo no período de 1901 a 2010. Estes eventos foram identificados utilizando o índice de evapotranspiração-precipitação padronizado (SPEI) calculado a partir dos dados da reanálise ERA20C. Durante o verão e o outono, os eventos de seca são associados a uma teleconexão atmosférica originada por anomalias quentes do oceano na região da Indonésia. Um padrão de bloqueio no Pacífico Sul desfavorece o avanço de perturbações de médios e altos níveis em direção à América do Sul, e o transporte de umidade das regiões tropicais em direção a São Paulo é desfavorecido pelo enfraquecimento do Jato de Baixos Níveis. No inverno, as secas se iniciam com a intensificação da Alta Subtropical sobre a costa do Sudeste por um trem de ondas barotrópico propagando-se desde o Índico, e com o aumento das temperaturas e da evapotranspiração provocados pela fase negativa da Oscilação Antártica. Nos eventos de seca da primavera, o escoamento de grande escala remete ao padrão de teleconexão da La Niña. Os índices climáticos melhor correlacionados à série temporal do SPEI na faixa leste de São Paulo são da Oscilação Antártica (outono e inverno), da oscilação do Atlântico Tropical Sul (outono e primavera), e do El Niño-Oscilação Sul (primavera).
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