AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE INTERPOLAÇÃO ESPACIAL APLICADOS À PLUVIOSIDADE EM REGIÃO MONTANHOSO NO LITORAL SUL DO ESTADO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Orlindo Gomes Farias Universidade Federal Fluminense
  • Cristiane Nunes Francisco Universidade Federal Fluminense
  • Monica Carneiro Alves Senna

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v21i0.52065

Palavras-chave:

distribuição espacial de chuvas, geoestatística, modelos digitais, geoprocessamento

Resumo

Os estudos da distribuição espacial das chuvas baseiam-se em dados diários de pluviosidade coletados por estações pluviométricas. Aplicando de métodos de interpolação, é possível estimar valores pluviométricos para locais sem dados e gerar uma superfície contínua representando a distribuição espacial de chuvas. Existem dois tipos de métodos: determinísticos, baseados na vizinhança para a estimativa de valores ausentes, e estocásticos, que se baseiam na autocorrelação espacial entre as amostras. O presente trabalho tem como objetivo avaliar os modelos digitais de distribuição espacial de chuvas, gerados por métodos de interpolação determinístico e estocástico, através da aplicação de técnicas de validação. A área de estudo, Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande, situada no litoral sul fluminense, apresenta uma distribuição espacial da precipitação heterogênea em decorrência, principalmente, da topografia acidentada. Foram aplicados os métodos Curvatura Mínima, Índice da Distância ao Quadrado e Krigagem para interpolar dados de dezoito estações de chuva. Os modelos digitais foram validados através do cálculo de medidas de erro e da análise do comportamento espacial das chuvas. Os resultados revelaram a distribuição espacial heterogênea da precipitação na área de estudo foi adequadamente representada pelo modelo gerado pela Krigagem, contudo, de acordo com as medidas de erros, o Inverso da Distância ao Quadrado foi o interpolador que obteve o melhor desempenho. Conclui-se, assim, que o método estocástico, apesar de representar melhor o comportamento espacial, pode não ser adequado na estimativa de dados, quando a variabilidade espacial pluviométrica é alta e o número de estações é insuficiente para geração do semivariograma adequado. 

Biografia do Autor

Cristiane Nunes Francisco, Universidade Federal Fluminense

possui graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Engenharia de Transportes (Geoprocessamento) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (2004). Realizou Pós-Doutoramento em Sensoriamento Remoto pelo INPE (2011). Atualmente é professora associada da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência em Geociências, com ênfase na aplicação de Sistemas de Informação Geográfica e Sensoriamento Remoto na análise espacial de áreas protegidas e bacias hidrográficas, no mapeamento do uso e cobertura da terra, no planejamento territorial de municípios.

Monica Carneiro Alves Senna

Possui graduação em Meteorologia com distinção "Cum Laude" pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), mestrado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2004) e doutorado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2008). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense e Coordenadora do Grupo de Análise da Interação Atmosfera-Biosfera - GAIA, que combina aspectos interdisciplinares para compreender os processos físicos, químicos e biológicos no qual os ecossistemas afetam e são afetados pelo clima. Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: meteorologia, modelagem de ecossistemas, mudanças climáticas e interação atmosfera-biosfera, com ênfase especial no estudo dos impactos sobre os biomas da América do Sul. 

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Publicado

2017-09-21

Como Citar

Farias, O. G., Francisco, C. N., & Senna, M. C. A. (2017). AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE INTERPOLAÇÃO ESPACIAL APLICADOS À PLUVIOSIDADE EM REGIÃO MONTANHOSO NO LITORAL SUL DO ESTADO RIO DE JANEIRO. Revista Brasileira De Climatologia, 21. https://doi.org/10.5380/abclima.v21i0.52065

Edição

Seção

Artigos