PRECIPITAÇÃO SOBRE A AMÉRICA DO SUL E SUAS RELAÇÕES COM A OSCILAÇÃO MULTIDECADAL DO ATLÂNTICO E A OSCILAÇÃO DO ATLÂNTICO NORTE (RAINFALL OVER SOUTH AND ITS RELATIONS WITH AMERICA SWING MULTIDECADAL ATLANTIC AND SWING THE NORTH ATLANTIC)

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar e avaliar qual o grau de correlação entre a precipitação sobre a América do Sul e as oscilações que ocorrem sobre a região do atlântico norte, Oscilação Multidecadal do Atlântico (OMA), sobre o oceano, e Oscilação do Atlântico Norte (OAN), na atmosfera. Foram coletados os dados dos índices das oscilações e da precipitação que cobrem um períodos de janeiro de 1900 a dezembro de 2012 para os índices e de janeiro de 1900 a dezembro de 2008 para a precipitação. Para tal, fez o uso das técnicas estatísticas Análise Exploratória de Dados e Correlação ordinária de Pearson. Analisaram-se os índices e se observou que existem dois modos preponderantes da OMA, um positivo de 1927 a 1964 e um negativo de 1965 a 1995. Todas as análises foram feitas baseadas nesses dois modos. Observaram-se nas anomalias, levando em consideração os dois modos da OMA, da precipitação um padrão único e oposto entre os modos da OMA, isto é, as regiões que apresentaram aumento da precipitação no modo positivo e apresentaram redução da precipitação no modo negativo e vice-versa. Os coeficientes de correlação entre o índice da OMA e a precipitação sobre o continente apresentou o mesmo padrão em ambos os modos da OMA, mostrando que a maior parte do continente apresentou correlação negativa. Isso mostra uma relação inversa entre a OMA e a precipitação, quando a OMA se apresentou negativa/positiva, a precipitação sobre o continente aumentou/diminuiu. Já em relação a OAN, durante o modo positivo da OMA, observou-se o mesmo padrão da correlação com a OMA. Contudo, no modo negativo da OMA, a correlação da precipitação com OAN mostrou um padrão aleatório. Esse fato pode estar relacionado com as teleconexões com outros fenômenos, por exemplo, El Niño – Oscilação Sul. Notou-se que a interação entre os fenômenos que ocorrem na parte norte do oceano atlântico é evidente.