PERCEPÇÃO DOS FILHOS SOBRE O DIVÓRCIO DOS PAIS
DOI:
https://doi.org/10.5380/fsd.v5i3.8081Palavras-chave:
Família, Divórcio, Filhos, SentimentosResumo
Evento cada vez mais freqüente em nossa sociedade, o divórcio completa no Brasil, cerca de vinte anos de existência, configurando-se como instrumento de estudo essencial à compreensão das intensas transformações que ocorrem na família. Sendo um processo longo e complexo que envolve mudanças múltiplas, há necessidade de se promover a saúde dos membros da família envolvidos. Assim, é preciso dar condições para que este evento possa ser utilizado como ferramenta de solução para os conflitos familiares através do conhecimento e compreensão da experiência vivida, a fim de obter subsídios que ofereçam suporte aos envolvidos no processo, no sentido de elaborar suas decisões, ações e reações de forma positiva e satisfatória. O objetivo deste trabalho é retratar a percepção dos filhos sobre o divórcio dos pais através do conhecimento da experiência vivida no processo, para o que focalizou-se a faixa etária de 18 a 26 anos, momento em que já se pode ter compreensão maior das suas conseqüências. Para o presente estudo,utilizou-se a pesquisa qualitativa, do tipo exploratório-descritiva, que permite uma visão mais ampla da problemática estudada. Os dados foram obtidos através de entrevista semi-estruturada com nove jovens adultos, de ambos os sexos, agrupados por semelhança de falas. A partir desses dados, formularam-se as categorias mais relevantes. Concluise que os jovens reconhecem e racionalizam o processo do divórcio dos pais, tendendo a mascarar o sofrimento gerado pelo mesmo. Embora afirmem, em geral, que o divórcio foi uma boa solução para os pais, sentem a falta do vínculo proporcionado pela estrutura familiar. Apesar do tempo transcorrido, as feridas emocionais do divórcio persistem, seja sob a forma de expectativa elevada na realização de um casamento ideal, seja nos ressentimentos guardados para com um ou os dois pais divorciados.
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