O USO DE PRÁTICAS TERAPÊUTICAS ALTERNATIVAS, SOB A ÓTICA DO PACIENTE ONCOLÓGICO E SUA FAMÍLIA
DOI:
https://doi.org/10.5380/fsd.v7i1.8050Palavras-chave:
terapias alternativas, práticas complementares, neoplasias, família, alternative therapies, complementary practices, neoplasms, family, practica complementar, familiaResumo
Este trabalho objetivou identificar as práticas terapêuticas alternativas comumente utilizadas por pacientes oncológicos, e os significados que estas adquirem durante o desenvolver da doença e do tratamento. A pesquisa foi desenvolvida na unidade de oncologia de um hospital da região sul do Brasil. O estudo é de caráter qualitativo, tipo exploratório-descritivo. Para a coleta de dados foram utilizadas duas entrevistas semi-estruturadas. Como resultados, observamos que a maioria das pessoas estava há mais de 24 meses realizando quimioterapia; destes 57% faziam concomitantemente algum tipo de tratamento alternativo. As mulheres entre 40 e 50 anos eram as que mais verbalizaram recorrer aos tratamentos alternativos, sem ter liberdade para discutir sobre estas práticas com o profissional médico gerando um dilema familiar. O estudo mostrou que fazer uso de terapias alternativas não significa negar o tratamento convencional, mas permitir-se como pessoa, e não apenas como paciente, assim como a seus familiares participar mais ativamente e expressar autonomia em relação à superação da doença, mesmo quando não se tem liberdade de comentar o tratamento auxiliar com os profissionais de saúde que o estão supervisionando.
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