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O USO DE PRÁTICAS TERAPÊUTICAS ALTERNATIVAS, SOB A ÓTICA DO PACIENTE ONCOLÓGICO E SUA FAMÍLIA

Sidnéia Tessmer Casarin, Rita Maria Heck, Eda Schwartz

Resumo


Este trabalho objetivou identificar as práticas terapêuticas alternativas comumente utilizadas por pacientes oncológicos, e os significados que estas adquirem durante o desenvolver da doença e do tratamento. A pesquisa foi desenvolvida na unidade de oncologia de um hospital da região sul do Brasil. O estudo é de caráter qualitativo, tipo exploratório-descritivo. Para a coleta de dados foram utilizadas duas entrevistas semi-estruturadas. Como resultados, observamos que a maioria das pessoas estava há mais de 24 meses realizando quimioterapia; destes 57% faziam concomitantemente algum tipo de tratamento alternativo. As mulheres entre 40 e 50 anos eram as que mais verbalizaram recorrer aos tratamentos alternativos, sem ter liberdade para discutir sobre estas práticas com o profissional médico gerando um dilema familiar. O estudo mostrou que fazer uso de terapias alternativas não significa negar o tratamento convencional, mas permitir-se como pessoa, e não apenas como paciente, assim como a seus familiares participar mais ativamente e expressar autonomia em relação à superação da doença, mesmo quando não se tem liberdade de comentar o tratamento auxiliar com os profissionais de saúde que o estão supervisionando.


Palavras-chave


terapias alternativas; práticas complementares; neoplasias; família; alternative therapies; complementary practices; neoplasms; family; terapias alternativas; practica complementar; neoplasias; familia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/fsd.v7i1.8050