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FINITUDE HUMANA E ENFERMAGEM: REFLEXÕES SOBRE O (DES)CUIDADO INTEGRAL E HUMANIZADO AO PACIENTE E SEUS FAMILIARES DURANTE O PROCESSO DE MORRER

Silvia C. Sprengel de Alencar, Maria Ribeiro Lacerda, Maria de Lourdes Centa

Resumo


O artigo apresenta uma reflexão sobre o cuidado de enfermagem ao paciente e seus familiares diante da morte. Enfoca o cuidado integral e humanizado e visa à sensibilização da equipe de enfermagem e demais profissionais da equipe de saúde quanto à necessidade de um atendimento adequado ao ser humano, compreendido como um ente biopsicossocial, cultural e espiritual. Focaliza a morte como a única certeza que se tem desde o nascimento, permeada, porém, por diversos mecanismos de negação por parte do paciente e de seus familiares e até mesmo dos profissionais que o assistem, pois para o homem ocidental é corrente negar a sua finitude ao invés de aceitá-la. Evidencia que o cuidado de enfermagem prestado a pacientes e familiares diante do processo de morrer requer do enfermeiro eficiência técnico-científica, sensibilidade e interação, manifestando a arte da enfermagem como a empatia, intuição, percepção aguçada para atender às necessidades do paciente e de seus familiares. Deve, igualmente, respeitar a expressão dos sentimentos de dor, angústia, agressividade, abandono, perda, desespero, raiva, culpa, entre outros freqüentemente observados no transcorrer da vivência do processo de morrer. Diante destas constatações, este trabalho pretende contribuir para a sensibilização dos profissionais de saúde e, em especial, os da enfermagem e enfatizar a importância do cuidado integral e humanizado ao paciente, compartilhado com os familiares. Pretende ressaltar, também, a necessidade de abordagem do tema no decorrer da formação dos profissionais de saúde.


Palavras-chave


cuidados de enfermagem; família; morte; nurse care; family; death; atención de enfermería; familia; muerte

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/fsd.v7i2.8045