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IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS NA FAMÍLIA A PARTIR DO GENOGRAMA

Heloisa Beatriz Machado, Arlete Teresinha Besen Soprano, Carolina Machado, Ana Cristina Pochielli Lustosa, Melissa Horvath de Lima, Ana Carolina Gomes Mota

Resumo


Embora utilizado na clínica há muitos anos, com a implantação da Estratégia Saúde da Família, o uso do genograma como instrumento de abordagem familiar, tem permitido aos profissionais superar a prática centrada exclusivamente na doença e visualizar a família como recurso e unidade promotora de cuidado. Com este estudo objetivou-se identificar riscos intrafamiliares, utilizando como instrumento o genograma de pacientes atendidos no Ambulatório de Medicina Familiar e Comunitária da Univali, no período de 2003 a julho de 2005. A pesquisa foi retrospectiva e documental, a partir da consulta dos dados de identificação e do genograma de 322 pacientes atendidos pela disciplina de Medicina Familiar e Comunitária. Os resultados mostraram a presença de grupos de risco como a idade, baixa ou nenhuma escolaridade e populações vulneráveis (crianças e idosos), tabagismo, alcoolismo, uso de drogas; riscos psicossociais como separação e divórcio, desestruturação familiar e riscos genéticos, como: morbidade e co-morbidades, doenças crônicas, principalmente hipertensão e diabetes e que foram também causas de morte na família. A avaliação da história mórbida pregressa aponta pacientes vulneráveis a cardiopatias e câncer e fatores de risco para violência intrafamiliar, como etilismo, uso de drogas e relações tumultuosas. O estudo de riscos a partir do genograma permitiu compreender o contexto familiar e verificar os padrões de repetição de hábitos de vida, relações intrafamiliares e patologias hereditárias que interferem no processo saúde-doença. Enseja adotar estratégias direcionadas aos riscos identificados, propondo medidas de prevenção, considerando os problemas específicos, os recursos disponíveis, as famílias e suas redes de apoio.


Palavras-chave


família; genograma; vulnerabilidade; family; genogram; vulnerability; familia; genograma; vulnerabilidad

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/fsd.v7i2.8042