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A FAMÍLIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMIZADOS

Fabiola Perri Venturini, Zelia Maria Mendes Biasoli-Alves, Miriam Botelho Sagim, Vanessa Delfino

Resumo


A presente pesquisa exploratória teve por objetivo estudar o fenômeno da violência doméstica pela ótica de crianças e adolescentes abrigados devido a maus-tratos, investigando suas concepções de família, e comparando-as com as de um grupo de jovens não-vitimizados provenientes de uma escola da rede pública. Participaram desse estudo 44 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 10 e 16 anos. Foram utilizados como estratégia para coleta de dados 3 instrumentos complementares entre si: uma entrevista estruturada que visou obter os dados sócio-demográficos dos participantes, um questionário composto por "sentenças incompletas" e uma entrevista semi-estruturada que investigavam as percepções sobre família. Os instrumentos foram aplicados individualmente. A análise de dados foi feita seguindo-se o modelo quantitativo-interpretativo e permitiu algumas conclusões: 1) não foram encontradas diferenças significativas entre as concepções dos dois grupos e houve uma tendência a respostas de caráter convencional; 2) houve um grande número de respostas evasivas sendo a freqüência maior no grupo dos jovens abrigados; 3) observou-se uma tendência à "naturalização" da violência em ambos os grupos, porém mais freqüente no grupo de não vitimizados e 4) um desejo dos jovens abrigados de estarem com suas famílias.


Palavras-chave


família; violência doméstica; criança; adolescente; family; domestic violence; child; adolescent; familia; violencia domestica; niño; adolescente

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/fsd.v7i3.8028