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A CONCEPÇÃO DE FAMILIA COMO UNIDADE COMPLEXA

Mara Regina Santos da Silva, Valéria Lerch Lunardi

Resumo


A família, de modo crescente, tem se tornado objeto de atenção dos profissionais de saúde. O reconhecimento de sua natureza complexa é pré-condição para que possamos compreender seus problemas, suas contradições muitas vezes insuperáveis e, fundamentalmente, para ajudá-las no processo de produzir saúde mesmo quando vivem em contextos adversos. Este ensaio tem por objetivo discutir a concepção de família utilizando como referência o conceito de complexidade de Edgar Morin, focalizando os três princípios citados pelo autor: dialógico, recursivo e hologramático e, ainda, a noção de sistema e de auto-organização. Destaca-se a interdependência da família com o macro-contexto onde se insere e associa-se a diversidade de configurações que esta instituição tem assumido, principalmente nos últimos tempos, como uma possível manifestação de sua capacidade para se auto-organizar a partir das adversidades que vivencia e não como um sinal de que possa estar em processo de extinção. Ressaltam-se, também, as implicações que esta concepção de família como unidade complexa aporta para a prática dos profissionais da saúde, principalmente à necessidade do trabalho interdisciplinar em saúde.


Palavras-chave


família; complexidade; enfermagem; family; complexity; nursing; familia; complexidad; enfermaría

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/fsd.v8i1.8023