AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO QUÍMICO DO EPICARPO DE AÇAÍ VISANDO A REMOÇÃO DE ANTIBIÓTICOS EM SOLUÇÃO AQUOSA
Resumo
As contaminações das águas superficiais por antibióticos vêm causando um efeito negativo de longo prazo para a sustentabilidade ecológica prejudicando a vida aquática e a saúde humana. Neste contexto, a biossorção se configura como uma alternativa promissora para a remediação dessas águas contaminadas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o melhor tratamento químico em relação à capacidade de adsorção da amoxicilina e da cefalexina pelo epicarpo do açaí. Inicialmente, foi determinado o ponto de carga zero (pHpcz) do biossorvente, logo após, realizaram-se testes de adsorção em diferentes pHs (3, 5, 7 e 9) com diferentes tratamentos (H3PO4 e NaOH (0,5 mol L-1)). A impregnação do material adsorvente com o ativador químico ocorreu na proporção de 10 gramas de sólido por litro de solução, a mistura foi aquecida a 80 °C por 30 minutos e desidratado a 110 °C. Após 24 h, lavou-se o material com água destilada, a 100 °C, até a estabilização do pH e posteriormente secagem à 110 °C. Os resultados obtidos demonstraram que o (pHpcz) do biossorvente, com tratamento básico, foi de 5,9. O açaí com tratamento básico apresentou maior teor de remoção 95% para a cefalexina no pH 5. Verificou-se assim que a adsorção foi favorecida com o tratamento básico fazendo com que a carga superficial do biossorvente torna-se mais negativa, alterando o pH do açaí. Portanto, evidencia-se o ótimo potencial do epicarpo de açaí na remoção da cefalexina.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/rber.v8i2.65653
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