USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE: ANÁLISE MULTITEMPORAL DA PRODUÇÃO DE ENERGIA E IMPACTOS AMBIENTAIS
Resumo
No contexto de desenvolvimento, o setor energético recebe destaque na economia brasileira. Nesse sentido, são inúmeras as usinas hidrelétricas implantadas e em fase de planejamento na região Amazônica, em virtude do potencial hidráulico das bacias hidrográficas. A Usina de Belo Monte, localizada no sudeste paraense, é um desses exemplos, onde o curso do Rio Xingu foi desviado para a formação dos grandes reservatórios que garantem a operação dessas centrais. As obras iniciaram-se no ano de 2011 e segue em fase de finalização. Diante disso, objetivou-se apresentar dados referentes à geração de energia elétrica na usina em questão, bem como analisar os impactos ambientais. Para tal, o método utilizado consistiu em levantamento bibliográfico com o intuito de obter embasamento teórico, e utilização de Sistema de Informações Geográficas (SIG) como ferramenta de geoprocessamento. Nessa perspectiva, observou-se que há contradições entre o planejamento da Usina e o que ocorre na prática, pois o baixo índice de geração de energia não sobressai os impactos causados. Portanto, é necessário que o projeto da Hidrelétrica de Belo Monte seja revisado, como forma de realizar adaptações necessárias ao seu efetivo funcionamento.
Texto completo:
PDFReferências
Agência Nacional De Energia Elétrica- ANEEL. Energia Assegurada. Cadernos Temáticos da Aneel. Brasília-DF, 2012. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2017.
ARAÚJO, M. M. V.; PINTO, K. J.; MENDES, F. O. A Usina de Belo Monte e os impactos nas terras indígenas. Revista Internacional de Direito Ambiental e Políticas Públicas, Macapá, n. 6, p. 43-51, 2014.
BRASIL. Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte. Relatório de Impacto Ambiental. Ministério de minas e energia, 2009. Disponível em: . Acesso em 20 de maio de 2017.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Balanço energético Nacional 2014. Disponível em: Acesso em: 20 mai. 2017.
ELETROBRAS - Leme Engenharia. Relatório de Impacto Ambiental- Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte. Brasília- DF, 2009. Disponível em: . Acesso em: 07 abr. 2017.
FAINGUELERNT, Maíra Borges. A Trajetória Histórica do Processo de Licenciamento Ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ambient. soc. v. 19. n. 2, São Paulo, 2016.
FEARNSIDE, Philip. Hidrelétricas na Amazônia: impactos ambientais e sociais na tomada de decisões sobre grandes obras. Manaus: Editora do INPA, 2015.
FEARNSIDE, Philip. Hidrelétricas Planejadas no Rio Xingu como Fontes de Gases do Efeito Estufa: Belo Monte (Kararaô) e Altamira (Babaquara). Novos Cadernos NAEA, v. 12, n. 2, p. 5-56, 2009.
FLEURY, L. C.; ALMEIDA, J. A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte: conflito ambiental e o dilema do desenvolvimento. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 16, n. 4, p. 141-158, 2013.
FRANCO, Vania Santos. et al. Evolução mensal da cota fluviométrica do Rio Xingu em Altamira-PA associada aos eventos El Niño e La Niña. Ciência e Natura, Santa Maria, v. 37, Ed. Especial SIC, p. 104 – 109, 2015.
FREIRE. L. M. Impactos Ambientais No Rio Xingu Diante Da Implantação Da Usina Hidrelétrica De Belo Monte No Estado Do Pará: Subsídios Para O Planejamento Ambiental. Revista Geonorte, Amazonas. Edição Especial 4, v. 10, n. 1, p. 490-493, 2014.
GREENPEACE. Hidrelétricas na Amazônia: Um Mau Negócio Para o Brasil e para o Mundo. 2014. Disponível em: . Acesso em: 19 de mai. 2017.
HAMADA, E.; GONÇALVES, R. R. V. Introdução ao geoprocessamento: princípios básicos e aplicação. 1. ed. São Paulo: Embrapa e Meio Ambiente, 2007. 52 p.
LOPES, João Eduardo. Capacidade dos Reservatórios. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Hidráulica de São Paulo, 2012. Disponível em: . Acesso em: 20 mai. 2017.
MARI JUNIOR, Álvaro et al. Vantagens e Desvantagens da Energia Hidráulica. Acta Iguazu, Cascavel, v. 2, n. 4, p. 20-28, 2013.
NORTE ENERGIA. Belo Monte recebe Conceito “A” em Guia da Aneel. Disponível em: < http://norteenergiasa.com.br/site/2016/09/22/belo-monte-recebe-conceito-a-em-guia-da-aneel/>. Acesso em: 13 abr. 2017.
OLIVEIRA, Assis Costa. Consequências do Neodesenvolvimentismo Brasileiro Para as Políticas Públicas de Crianças e Adolescentes: reflexões sobre a implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. R. Pol. Públic., São Luís, v. 17, n. 2, p. 289 - 302, jul./dez. 2013.
OLIVEIRA, Edimar et al. Influência da Variação da Produtividade das Usinas Hidroelétricas no Cálculo da Energia Firme. Revista Controle & Automação, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 247-255, 2009.
PIAGENTINI, P. M.; BENASSI, R. F.; PENTEADO, C. L. Olhares Sobre a Hidreletricidade e o Processo de licenciamento no Brasil. Estudos avançados, São Paulo, v. 28, n. 82, p. 139-153, 2014.
PINTO, Lúcio Flavio. Hidrelétricas na Amazônia: Predestinação, fatalidade ou engodo?. Edição jornal pessoal: Belém, 2012.
ROSCOCHE, L. F.; VALLERIUS, D. M. Os Impactos Da Usina Hidrelétrica De Belo Monte Nos Atrativos Turísticos Da Região Do Xingu (Amazônia – Pará - Brasil). Revista Eletrônica de Administração e Turismo, Pelotas, v. 5, n. 3, p. 415-430, 2014. Doi: http://dx.doi.org/10.15210/reat.v5i3.
SANTOS. T. et al. Belo Monte: Impactos Sociais, Ambientais, Econômicos E Políticos. Revista de la Facultad de Ciencias Económicas y Administrativas. Universidad de Nariño, v. 13, n. 2, p. 214-227, 2012.
SILVA, M. B.; HERREROS, M. M. A. G.; BORGES, F. Q. Análise dos Aspectos Econômicos e socioambientais no projeto Hidrelétrico Belo Monte, Pará. Revista de Ciências Ambientais, v. 8, n. 1, p. 15–27, 2014.
SOUSA, W. C.; REID, J.; LEITÃO. C. F. Analise de Riscos Socioeconômicos e Ambientais do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Anppas, Florianópolis, v. 2, n. 7, p. 82-89, 2006.
DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rber.v8i1.55258