A JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA NO BRASIL: UMA ANÁLISE DAS ADINS NOS GOVERNOS FHC E LULA.
DOI:
https://doi.org/10.5380/recp.v3i1-2.23251Palavras-chave:
controle de constitucionalidade, judicialização, sistema político, oposição.Resumo
A pesquisa analisa as ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) nos governos FHC e Lula, com o objetivo de revelar o perfil da judicialização da política no âmbito federal brasileiro. A judicialização sofre alterações com a mudança de governo ou é um fenômeno relativamente previsível e consolidado na democracia brasileira? Os resultados demonstram que os partidos políticos e associações de classe são os principais judicializadores: as Adins são o espaço da oposição e dos grupos não representados satisfatoriamente no Congresso Nacional. O Governo FHC obteve um número maior de ações e de derrotas, além do tempo de julgamento ter sido menor, o que é negativo, pois o status quo é melhor para o Governo. Já Lula não teve o ímpeto reformista como seu antecessor, não afetou tantos interesses e lida com um bloco heterogêneo que minimiza as oposições extremadas, reduzindo o número de ações e o número de derrotas. O controle de constitucionalidade no Brasil tem como padrão os requerentes, será um pouco mais rigoroso com gestões reformadoras do Estado e se oporá as mudanças na lei que cause custos concentrados e benefícios dispersos. Há diferenças significativas nos resultados dos dois Governos. Entretanto, mesmo com diferenças entre os governos, a taxa de fracasso atingiu no máximo 17,5%. O STF é espaço da oposição, mas na maioria das ações, o Governo ganha.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais. O conteúdo pode ser reproduzido para fins não-comerciais, desde que citada a fonte, seguindo a licença Creative Commons.
Além disso, o autor compromete-se a citar a primeira edição do artigo em todas as edições posteriores, incluindo em línguas estrangeiras.
