A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA NA AGENDA DAS FORÇAS ARMADAS DA UNASUL
DOI:
https://doi.org/10.5380/recp.v2i1.18876Palavras-chave:
Ciência Política, Política Externa, UNASULResumo
Este artigo tem como objetivo discutir a questão da segurança energética no âmbito da União Sul-Americana das Nações (UNASUL). Pretendemos evidenciar os vínculos existentes entre as questões de segurança energética, a especificidade da zona e as ramificações com as questões de defesa para os membros da UNASUL e suas respectivas Forças Armadas.
A segurança energética representa um elemento prioritário na agenda política e estratégica dos países sul-americanos. A partir das construções teóricas oferecidas pelos professores Barry Buzan e Ole Wæver - especialistas no campo da segurança internacional - a segurança energética pode ser definida como um conceito elástico. Ela estabelece uma conexão entre as questões de segurança propriamente dita (como por exemplo, a proteção do território, dos recursos naturais ou mesmo o suprimento de combustíveis vitais), com questões de “segurança ampliada”, que englobaria questões econômicas, problemas de segurança regional, de desenvolvimento sustentável, implicando inclusive, em questões de proteção ambiental.
No entanto, medidas efetivas para afastar da sociedade o risco da falta de energia ou para diminuir a instabilidade de acesso às fontes energéticas exigem a identificação e a aplicação de ações de modo a permitir que o Estado tenha um planejamento de cunho estratégico. Por isso, a Declaração de Margarita assinada em 2007 ao término da Primeira Cúpula Energética Sul-Americana foi um marco importante para realizar esse objetivo. Esse acordo criou um Conselho Energético que se encarregou de apresentar uma estratégia energética, um plano de ação e um tratado para a integração de energia na região. Os planejadores buscaram nos estudos estratégicos conhecimentos para diminuir a vulnerabilidade e a dependência energética de seus países. A escassez dos investimentos, a falta de interligação da malha energética sul-americana e os desequilíbrios na quantidade de recursos energéticos entre os países representam alguns vetores de tensões entre os diferentes países da comunidade. Logo, o papel das Forças Armadas das nações da UNASUL nesse contexto aparece como determinante para garantir a segurança e a estabilidade da região.
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