Ex Machina e a filosofia: A não ficçao dos horizontes da IA
DOI:
https://doi.org/10.5380/petfilo.v25i1.99904Resumo
O artigo “Ex Machina e a filosofia: A não ficçao dos horizontes da IA” explora as conexões entre o filme Ex Machina (2015) e as reflexões filosóficas sobre a mente humana e a inteligência artificial (IA). Ele parte do pressuposto de que a ficção científica não apenas imagina possíveis futuros tecnológicos mas também questionamentos críticos do mundo atual e dos avanços em IA. No filme dirigido por Alex Garland é mostrado Caleb como programador testando a IA humanoide Ava e provocando reflexões sobre consciência e ética e o que define a inteligência.
A discussão gira em torno do Teste de Turing criado por Alan Turing em 1950 para determinar se uma máquina é capaz de se passar por um ser humano com sucesso suficiente para enganá-lo. Todavia Ex Machina amplia esse debate ao enfatizar a complexidade da inteligência artificial conscientizada bem como os limites do teste convencionalizado; pensadores atuais como David Chalmers questionam a visão comportamentalista do teste enfatizando a complexidade intrínseca da consciência subjetiva.
Pesquisas mais recentes mostram que as versões avançadas de inteligência artificial (como o GPT-4,5), são amplamente consideradas como humanas em grande medida do que antes conseguíamos distinguir tradicionalmente e isso sugere uma mudança significativa na maneira como entendemos consciência e cognição.
Em resumo o texto destaca como é crucial o diálogo interdisciplinar entre filosofia ciência e cultura para repensar o conceito de consciência ética e pós-humanidade frente aos progressos da inteligência artificial utilizando Ex Machina como uma metáforacritica para esses desafios atuais.
