Sociedade do Cansaço e a Invisibilidade do infoproletariado: as fronteiras éticas que as novas tecnologias impõem a classe trabalhadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/petfilo.v23i1.91285

Resumo

Resumo: Nas últimas décadas, a transformação da economia e do mercado de trabalho tem despertado questionamentos éticos relacionados ao advento e à prevalência das novas tecnologias. Neste cenário, destaca-se a emergência do "infoproletariado", uma classe trabalhadora cada vez mais subjugada à lógica do trabalho digital e da economia do conhecimento. Paralelamente, essa transformação se dá em um contexto de "sociedade do cansaço", onde o ritmo acelerado e incessante das atividades produtivas impõe um esgotamento físico e mental às pessoas. Este artigo pretende explorar a interseção desses três conceitos: o infoproletariado, a sociedade do cansaço e a ética das novas tecnologias. Discutiremos as implicações da crescente digitalização do trabalho, a sobrecarga cognitiva e emocional dos trabalhadores, e as questões éticas decorrentes da automação e da exploração da força de trabalho neste contexto. Compreender essa complexa rede de relações é crucial para repensar práticas de trabalho mais justas e sustentáveis na era digital.

 

Palavras-chave: Trabalho; Infoproletariado; Inteligência Artificial; Ética; Sociedade do Cansaço; Capitalismo; Economia.

Biografia do Autor

Leonardo Silveira Maika, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná

Leonardo Silveira Maika de Oliveira é um acadêmico e pesquisador brasileiro com um perfil interdisciplinar, combinando campos tão variados quanto informática, filosofia, economia e ética animal. Seu percurso acadêmico começou com uma formação técnica em Informática concluída em 2017, provendo-lhe uma base sólida em tecnologia. Em 2023, Leonardo ampliou seu leque de conhecimentos ao graduar-se em Bacharelado em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma das mais prestigiosas instituições de ensino superior do Brasil.

Em seu trabalho de pesquisa, Leonardo dedica-se a uma série de questões relevantes e instigantes. Na área de Filosofia da Tecnologia, ele explora as relações de trabalho, com foco particular na ética dessas relações no contexto das novas tecnologias. A inspiração de pensadores como Karl Marx orienta seus estudos sobre a Filosofia da Economia, onde Leonardo aborda as complexidades da teoria econômica e sua intersecção com questões filosóficas e éticas.

Ademais, Leonardo também possui uma vertente de pesquisa dedicada à Inteligência e Política Animal, fundamentada em autores proeminentes como Frans de Waal e Gary Francione. Nesse campo, ele investiga as nuances da cognição animal e as implicações éticas do tratamento dispensado aos animais na sociedade.

Referências

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. Tradução de Reginaldo Sant'Anna. 24ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. p. 508.

Han, B.-C. (2015). A Sociedade do Cansaço (p. 23). Editora Vozes.

Antunes, R., & Braga, R. (2015). Infoproletários: Degradação real do trabalho virtual. Boitempo Editorial.

Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. (2019). Os infoproletários: Tecnologia e uberização do trabalho. Disponível em de https://spbancarios.com.br/05/2019/os-infoproletarios-tecnologia-e-uberizacao-do-trabalho

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Publicado

2023-12-02

Como Citar

Maika, L. S. (2023). Sociedade do Cansaço e a Invisibilidade do infoproletariado: as fronteiras éticas que as novas tecnologias impõem a classe trabalhadora. Cadernos PET-Filosofia, 23(1). https://doi.org/10.5380/petfilo.v23i1.91285

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Artigos