Sociedade do Cansaço e a Invisibilidade do infoproletariado: as fronteiras éticas que as novas tecnologias impõem a classe trabalhadora
DOI:
https://doi.org/10.5380/petfilo.v23i1.91285Resumo
Resumo: Nas últimas décadas, a transformação da economia e do mercado de trabalho tem despertado questionamentos éticos relacionados ao advento e à prevalência das novas tecnologias. Neste cenário, destaca-se a emergência do "infoproletariado", uma classe trabalhadora cada vez mais subjugada à lógica do trabalho digital e da economia do conhecimento. Paralelamente, essa transformação se dá em um contexto de "sociedade do cansaço", onde o ritmo acelerado e incessante das atividades produtivas impõe um esgotamento físico e mental às pessoas. Este artigo pretende explorar a interseção desses três conceitos: o infoproletariado, a sociedade do cansaço e a ética das novas tecnologias. Discutiremos as implicações da crescente digitalização do trabalho, a sobrecarga cognitiva e emocional dos trabalhadores, e as questões éticas decorrentes da automação e da exploração da força de trabalho neste contexto. Compreender essa complexa rede de relações é crucial para repensar práticas de trabalho mais justas e sustentáveis na era digital.
Palavras-chave: Trabalho; Infoproletariado; Inteligência Artificial; Ética; Sociedade do Cansaço; Capitalismo; Economia.
Referências
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. Tradução de Reginaldo Sant'Anna. 24ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. p. 508.
Han, B.-C. (2015). A Sociedade do Cansaço (p. 23). Editora Vozes.
Antunes, R., & Braga, R. (2015). Infoproletários: Degradação real do trabalho virtual. Boitempo Editorial.
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. (2019). Os infoproletários: Tecnologia e uberização do trabalho. Disponível em de https://spbancarios.com.br/05/2019/os-infoproletarios-tecnologia-e-uberizacao-do-trabalho
