Tecnociências: as vertigens na experiência e no experimento
DOI:
https://doi.org/10.5380/petfilo.v21i1.83147Resumo
Resenha da obra: Bensaude-Vincent, Bernadette (2009). As vertigens da tecnociência: moldar o mundo átomo por átomo. Tradução José Luiz Cazarotto. São Paulo: Idéias & Letras, 2013, 255p. Nosso mundo está materialmente se desfazendo em uma aceleração talvez nunca antes experimentada. Neste momento em que os limites entre as experiências e os experimentos parecem cada vez mais tênues, trata-se de pressentir (ou mesmo sentir) uma sensação de vertigem que, na sintomatologia, pode estar relacionada à labirintite, à enxaqueca ou à cinetose; mas, para os nossos propósitos, que se dirigem não ao diagnóstico médico, mas para a busca de explicação desta experiência compartilhada, dois polos da investigação tornam-se pertinentes: o da relação cada vez mais globalizada com as tecnociências e o da possibilidade de coparticipação engajada por iniciativas de governança.
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