Nova Academia: ceticismo ou dogmatismo negativo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5380/petfilo.v20i1.80325

Resumen

O que se segue é o conjunto de considerações a respeito das denominações que a Nova Academia recebeu ao longo da história da filosofia. Essa escola ficou conhecida como Academia cética, ao mesmo tempo em que uma das principais concepções que se formou a seu respeito é a de que ela defendia a tese de que nada pode ser conhecido, ou seja, a posição de um dogmatismo negativo. Apesar dessas terminologias não terem sido empregadas em seu próprio período, podemos dizer que o modo como essa filosofia foi interpretada por seus contemporâneos correspondia ao que posteriormente denominamos por esses termos. Atualmente, é comum a interpretação da recusa da possibilidade conhecimento como um tipo de ceticismo. No entanto, quando falamos do ceticismo antigo e do que entendemos sobre ceticismo enquanto uma escola filosófica, essas interpretações são essencialmente opostas. Meu objetivo será indicar os principais motivos que levaram à atribuição de ambas as denominações e indicar as razões que me levam a negar o dogmatismo negativo e a interpretá-la como um ceticismo.

Biografía del autor/a

Nailane Koloski, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, Paraná.

Doutoranda em filosofia pela Universidade Federal do Paraná

Área de pesquisa: Epistemologia e Metafísica

e-mail: nailanek@hotmail.com

Cidade: São José dos Pinhais

País: Brasil

Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4856-7885

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6325331989074088

Citas

BETT, R. Carneades’ Distinction Between Assent and Approval. Monist 73. 1990, 3-20.

BICCA, L. Ceticismo Antigo e Dialética. Rio de Janeiro: 7 Letras. PUC-RJ, 2016

BROCHARD, V., Os céticos gregos. Trad. de CONTE. J. São Paulo: Editora Odysseus, 2009.

CICERO, M. T. Academics. Tr. RACKHAM, H. Loeb Classical Edition. Cambridge, Harvard University Press, 1933.

_____________ De finibus bonorum et malorum. Ed. RACKHAM, H. Loeb Classical Edition. London: Cambridge University Press, 1931.

_____________ De finibus bonorum et malorum. Ed. RACKHAM, H. Loeb Classical Edition. London: Cambridge University Press, 1931.

BURNYEAT, M. Carneades’ Pithanon: a Reappraisal of its Role and Status, Oxford Studies in Ancient Philosophy, Vol VII, 1989. Cambridge: Cambridge University Press. 2012.

BURNYEAT, M. Carneades was not probabilist, Unpublished Manuscript. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/341395731/Carneades-Was-No-Probabilist

COUISSIN (1929), P. The Stoicism of the New Academy. In: BURNYEAT, M (Ed.). The Skeptical Tradition. Berkeley: University of California Press, 1983, 31–63.

FREDE, M. Estoicos e Céticos sobre Impressões Claras e Distintas. Trad. ZANUZZI, I. Sképsis: Revista de Filosofia. Vol. IX, N. 21. 2015, 175-201.

HANKINSON, R. J. Epistemologia estoica. In: INWOOD, B. Os Estóicos. São Paulo: Odysseus, 2006.

LONG A. A. Socrates in Hellenistic Philosophy. In The Classical Quarterly , Volume 38, Issue 1. Cambridge University Press. 1988, 150 – 171.

LONG, A. A.; SEDLEY, D.N. The Hellenistic Philosophers: Living without opinions. Vol. 1. Translations of the principal sources with philosophical commentary. Cambridge, 1987, 450-460.

OBDRZALEK, S. Carneades’ Pithanon and its Relation to Epoche asd Apraxia. The Society for Ancient Greek Philosophy Newsletter, 2002.

PORCHAT. O. A noção de phainómenon em Sexto Empírico. Analytica, vol. 17 nº 2, 2013.

SEXTUS EMPIRICUS. Esboços pirrônicos. Trad. SMITH, P. J. Sképsis: Revista de Filosofia. Vol. XI, N. 21. 2020, 88-142.

SEXTUS EMPIRICUS. Outilines of skepticism. Ed. ANNAS, J. & BARNES, J. Cambridge University Press. 2000.

___________________ Against the Logician. Trad. and ed. BETT. R. Cambridge Texts in the History of Philosophy. Cambridge University Press. 2005.

STRIKER, G. Academics fighting Academics.In Inwood & Mansfeld Studies in Cicero’s Academic Books. Philosophia Antiqua 76.1997, 257-76.

STOUGH, C. Greek Skepticism: A Study in Epistemology. Berkeley, Los Angeles: University of California Press. 1969.

VLASTOS, G. The Socratic Elenchus: method is all. In M. BURNYEAT (ed.), Socratic Studies. Cambridge: Cambridge University Press: 1994.

Publicado

2021-08-05

Cómo citar

Koloski, N. (2021). Nova Academia: ceticismo ou dogmatismo negativo. Cadernos PET-Filosofia, 20(1). https://doi.org/10.5380/petfilo.v20i1.80325

Número

Sección

Filósofas UFPR v.20 n.1