Condição juvenil e a participação política no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/pr_eleitoral.v4i1.42810Palavras-chave:
Juventude, Condição Juvenil, Participação Política, Comportamento Político, Ciclo de Vida.Resumo
Este trabalho tem por objetivo verificar os impactos dos marcadores que caracterizam o fim da juventude e a entrada na vida adulta no ativismo político brasileiro. Tomam-se como referência os estudos sobre ciclos de vida que afirmam que, apesar da permanência residual de valores originados na socialização primária, o desempenho de novos papéis sociais originam novos repositórios de socialização, uma vez que a política é um domínio da vida responsivo a eles. Utilizando dados do projeto Latinobarômetro coletados em 1995, 2000 e 2005, procuramos verificar o impacto da condição juvenil, definida pelo casamento e o desempenho de uma atividade produtiva, nos repertórios convencionais e não convencionais de participação política. Os resultados encontrados apontam que a condição juvenil oferece restrições e oportunidades para a participação política, de acordo com o tipo de repertório analisado. Desta forma concluímos que a participação convencional impõem mais custos participativos, portanto menos acessível aos jovens, enquanto a participação não convencional seria mais plural, proporcionando menos diferenças no acesso de jovens e adultos neste tipo de repertório.