Estudos ecológicos na Baía de Paranaguá. II. Características físico-químicas.

Autores

  • Bastiaan Adriaan Knoppers Departamento de Geoquímica, Universidade Federal Fluminense, 24210 — Niterói, RJ
  • Frederico Pereira Brandini Centro de Biologia Marinha, Universidade Federal do Paraná, 83.200 — Pontal do Sul, Paraná
  • Carola Alexandra Thamm Centro de Biologia Marinha, Universidade Federal do Paraná, 83.200 — Pontal do Sul, Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5380/rn.v2i1.84622

Palavras-chave:

massas de água, estratificação, classificação, nutrientes, comportamento, Baía de Paranaguá, Brasil

Resumo

Estudos ecológicos na Baía de Paranaguá. II. Características físico-químicas. Uma análise preliminar do comportamento físico-químico da Baía de Paranaguá. apresentada. São fornecidas informações sobre a fisiografia, regime de marés e variações espaciais e temporais da salinidade e nutrientes inorgânicos dissolvidos. A entrada total de água doce na baía e o tempo de renovação em sua seção mediana foram estimados. A entrada anual média de água doce foi estimada em 75m3/s, com acentuadas variações temporais e espaciais em relação à média. A baía . classificada, de acordo com o padrão de estratificação, como estuário do tipo B parcialmente misturado, com alguma inhomogeneidade lateral, particularmente na seção mediana. De acordo com o diagrama de estratificação-circulação (Hansen & Rattray, 1966), a baía pode ser classificada como estuário do Tipo 2a. O tempo de renovação estimado para a seção mediana da baía variou de 13 a 24 dias. Estimativas utilizando o “método da fração de água doce” e o "método de prisma de marés simples” (Dyer, 1973) deram resultados similares. Estes resultados devem ser reforçados por estudos quantitativos mais detalhados. Comportamento não conservativo foi detectado para os nutrientes nitrito, nitrato, amônia e ortofosfato. Silicato, em geral, apresentou comportamento conservativo. A seção mediana da baía constitui uma área de perda para nutrientes nitrogenados e uma fonte de ortofosfato, provavelmente devido. demanda biológica e ao impacto da descarga doméstica da cidade portuária de Paranaguá. Embora a entrada de nutrientes com a água doce seja desconhecida, as concentrações de nitrato e amônia na cabeceira da baía sugerem que não se deve esperar eutrofização aguda por esses elementos. Para a melhor compreensão do comportamento físico-químico da baía, estudos futuros da cabeceira e das fontes de água doce são necessários.

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Publicado

2022-03-17

Como Citar

Knoppers, B. A., Brandini, F. P., & Thamm, C. A. (2022). Estudos ecológicos na Baía de Paranaguá. II. Características físico-químicas. Revista Nerítica, 2(1), 1–36. https://doi.org/10.5380/rn.v2i1.84622

Edição

Seção

Artigos