Memória Auditiva como Componente da Inteligência Musical

Autores

  • José Alexandre Rodrigues Lemos Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Arte Escola de Música – Licenciatura em Música
  • Maciel Feitosa Lima Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Arte Escola de Música – Licenciatura em Música
  • Marciel Avelar Santos Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Arte Escola de Música – Licenciatura em Música
  • Valéria Cristina Marques Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Arte Escola de Música – Licenciatura em Música

Palavras-chave:

Inteligência musical, percepção musical, memória auditiva

Resumo

Segundo a teoria de Howard Gardner sobre as inteligências
múltiplas, todos os seres humanos as possuem e podem desenvolvê-las,
sendo que cada indivíduo apresentará um ou mais destaques dentre as sete.
A inteligência musical é a que faz com que o indivíduo seja capaz de
perceber, compreender e combinar diferentes sons produzindo música. O
desenvolvimento desta inteligência está relacionado à memória, o que
favorece a fluência da linguagem falada e escrita. Este trabalho teve como
objetivo verificar a hipótese que os estudantes música apresentam maior
desenvolvimento da memória auditiva sequencial do que estudantes de
outras áreas não musicalizados. Foi aplicada a metodologia do tradicional
jogo da memória auditiva e o teste de memorização sequencial de notas
musicais, ambos os testes foram quantitativos e tiveram seus resultados
expressos na forma de score numérico. Foram estudados 2 grupos de
estudantes, um composto por 10 estudantes de Licenciatura em Música do
Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará (UFPA) e outro
de 7 estudantes de engenharias do Instituto Tecnológico da UFPA. Os
resultados foram analisados por comparação através do teste de Mann
Whitney, sendo considerados significativos os valores de P<0,05. Não houve
diferença significativa entre os 2 grupos no jogo da memória auditiva
comparativa, entretanto o grupo dos estudantes de música apresentaram
memória sequencial 4 vezes maior do que o grupo dos estudantes de
engenharias (P=0,002). Os resultados revelam que qualquer pessoa
apresenta memória auditiva comparativa, entretanto, a memória auditiva
sequencial é parte da inteligência musical a qual necessita ser treinada e
desenvolvida, desde que haja interesse, iniciativa e gosto pela música.

Biografia do Autor

José Alexandre Rodrigues Lemos, Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Arte Escola de Música – Licenciatura em Música

Graduado em biomedicina pela UFPA, mestre e doutor em genética pela USP, professor associado 4 da UFPA. Músico e discente de Licenciatura em Música da UFPA, contrabaixista e com interesse em educação musical inclusiva e cognição.

Valéria Cristina Marques, Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Arte Escola de Música – Licenciatura em Música

Possui Bacharelado em Música - Piano pela Universidade Estadual de Campinas (1986) e Doutorado em Música - Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia (2012). Desde 1994, é professora do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Pará tendo sido Coordenadora do Curso e, posteriormente, Diretora da Escola de Música da mesma Universidade. Atua principalmente nos seguintes temas: metodologia do ensino da música, psicologia da música, percepção musical, teorias psicolinguísticas sobre leitura, leitura musical, ensino coletivo de piano.

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Publicado

2016-05-17

Como Citar

Lemos, J. A. R., Lima, M. F., Santos, M. A., & Marques, V. C. (2016). Memória Auditiva como Componente da Inteligência Musical. Música Em Perspectiva, 8(2). Recuperado de https://revistas.ufpr.br/musica/article/view/41293

Edição

Seção

Artigos