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Que ‘gênio’ foi Villa-Lobos?

Gabriel Ferrão Moreira

Resumo


Inicialmente o alvo preferido de críticos musicais conservadores no país, ao fim de sua vida Heitor Villa-Lobos é tido mundialmente como o maior compositor brasileiro de sua época. Sua carreira e imagem foram construídas numa relação dialética entre a sua produção e a recepção de sua obra, mediada pela crítica musical. Categorias usualmente empregadas na descrição da obra de Villa-Lobos - como originalidade e autenticidade - legaram-lhe condição de gênio, numa perspectiva romântica que encontrava eco no próprio discurso do compositor. Como Villa-Lobos construiu seu espaço de influência artística com base nesses discursos críticos? Como se afirmou como compositor através dessa construção de sua imagem pública? Quais os conceitos de genialidade que se lhe aplicaram no decorrer da carreira, e mesmo após sua morte? As concepções mutáveis acerca da genialidade de Villa-Lobos influenciaram sistematicamente os estudos sobre o autor, e a relação da academia com sua composição tem sido reconfigurada recentemente, resultados de estudos pioneiros que revisitam a sua obra com novas perspectivas analíticas.

Palavras-chave


Genialidade; Crítica Musical; Modernismo; Brasil.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/mp.v4i2.27494