Música e sintaxe: implicações para a subjetividade e a ordem social

Autores

  • Alvaro Neder Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro / IFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5380/mp.v4i2.24814

Palavras-chave:

discurso musical, subjetividade, intertextualidade, teoria literária, Webern

Resumo

Este artigo examina algumas consequências da organização do discurso musical, notadamente a sintaxe, para a subjetividade. Um destaque especial é dado à sintaxe tonal, como um poderoso modelo de condicionamento, e a sua dissolução pelas experiências atonais do início do século XX, especialmente a criação tão pioneira quanto insólita representada pelas Seis Bagatelas para Quarteto de Cordas Op. 9, de Anton Webern. O conceito de chora semiótico, desenvolvido pela psicanalista e crítica literária Julia Kristeva, torna possível teorizar o vínculo entre música e subjetividade, conduzindo à compreensão do papel da música na manutenção ou transformação da ordem simbólica.

Biografia do Autor

Alvaro Neder, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro / IFRJ

Possui graduação em Licenciatura Plena em Educação Artística com habilitação em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1989), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2001) e Doutorado Multidisciplinar em Letras (Literatura Brasileira, Linguagem e Teoria da Literatura) pela PUC-Rio (2007). Foi Teacher Assistant da Universidade Brown (EUA), ministrando o curso Introduction to Ethnomusicology. Publicou o livro Creativity in Education: Can Schools Learn with the Jazz Experience? (WCP, EUA, 2002). Sua tese de doutorado sobre a MPB dos anos 60 foi selecionada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-Rio para representar o programa no Grande Prêmio Nacional Capes de Teses de Doutorado 2008. É parecerista ad hoc da FAPERJ. Como crítico musical, publicou textos para vários livros de referência lançados nos EUA e acima de 2.300 artigos na imprensa norte-americana. Tem experiência nas áreas de Musicologia e Etnomusicologia, com ênfase em Teoria Cultural da Música, atuando principalmente nos seguintes temas: etnografia das músicas de tradição oral brasileira, música popular brasileira, teoria da música popular, teoria contemporânea, comunicação de massa, educação e antropologia da música. É tradutor acadêmico. Desde 1980 atua como professor de música, tendo também trabalhado por vários anos como músico e produtor de gravações em estúdio e sido membro da Old Time String Band coordenada pelo etnomusicólogo Jeff Titon. Também trabalhou, por quatro anos, como produtor da Rádio Educativa 104.7 kHz, nos programas Jazz Session, MPB do A ao Z e Voces de América. Ministrou por um ano o curso Introdução à Etnomusicologia na Graduação em Música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente ministra os cursos Produção Musical, Teoria da Informação e Comunicação e Culturas Populares na Graduação em Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, do qual é professor efetivo. Está envolvido com a pesquisa da música popular urbana de Mato Grosso do Sul, tema de seu segundo doutorado, em Música, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janero - UNIRIO.

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Como Citar

Neder, A. (2011). Música e sintaxe: implicações para a subjetividade e a ordem social. Música Em Perspectiva, 4(2). https://doi.org/10.5380/mp.v4i2.24814

Edição

Seção

Artigos