Nepomuceno e a gênese da canção de câmara brasileira (1a. parte)

Autores

  • Rodolfo Coelho de Souza Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5380/mp.v3i1.20979

Palavras-chave:

Alberto Nepomuceno, música brasileira, canção brasileira.

Resumo

Este artigo busca avaliar a produção vocal camerística de Nepomuceno, revendo sua posição na história da música brasileira, refutando a hipótese de seu papel como fundador e redimensionando seu projeto como sendo o de escrever canções, em português ou em línguas estrangeiras, nos moldes do Lied alemão e da Mélodie francesa, como gêneros exemplares do romantismo cosmopolita. Demonstra-se a seguir que Nepomuceno adere ao modelo de imitação dos grandes mestres, recomendado pela Academia de Belas Artes de seu tempo, tomando a obra de Brahms como modelo. Essa influência é vista no uso de alternância de texturas como artifício para definição da forma e no emprego distintivo de dois modos estilísticos, Volkslied e Kunstlied, que Nepomuceno  empresta de Brahms para contrastar canções emparelhadas duas a duas em seus opus. Estuda-se também como a questão do uso do folclore foi inflada pela musicologia modernista quando, na verdade, Nepomuceno a utiliza  como tópicos estilísticos carregados de significados semânticos para a realização do ideal do Lied como de uma perfeita simbiose entre poesia e música.

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Como Citar

Coelho de Souza, R. (2010). Nepomuceno e a gênese da canção de câmara brasileira (1a. parte). Música Em Perspectiva, 3(1). https://doi.org/10.5380/mp.v3i1.20979

Edição

Seção

Artigos