GESTÃO PARTICIPATIVA COMO PROPOSTA PARA APROXIMAR OS VISITANTES DO CUIDADO DAS ÁREAS NATURAIS: O MANEJO DE UMA TRILHA DE CICLISMO DE MONTANHA
DOI:
https://doi.org/10.5380/guaju.v7i1.76922Palavras-chave:
Gestão participativa. Uso público. Áreas protegidas. Estação Experimental de Tupi. Ciclismo de montanha.Resumo
Nos últimos anos foi registrado um aumento da visitação de áreas naturais protegidas para a prática de atividades esportivas e recreativas de aventura. Na contrapartida do aumento da visitação, estas áreas continuam defasadas em recursos humanos e financeiros para realizar a conservação do meio ambiente. Existem já há muitos anos inciativas de gestão participativa, seja na forma de voluntariado ou formação de conselhos gestores, para incluir a sociedade no cuidado das áreas protegidas. Na Estação Experimental de Tupi, no município de Piracicaba/SP, existe a visitação de ciclistas de montanha, que pelo fato de o ciclismo não ter sido uma atividade prevista no Plano de Manejo, utilizam trilhas inicialmente pensadas para pedestres. Foi proposto para estes visitantes o planejamento e manejo participativos de uma trilha para ciclismo, inspirados na experiência de Newsome et al. (2016) no sudoeste australiano. O objetivo foi aumentar a comunicação entre os ciclistas e a gestão da Estação Experimental de Tupi, visando a ampliar a escuta de suas demandas enquanto visitantes e incluí-los no cuidado da área. O processo de gestão participativa iniciou com a aplicação de questionários estruturados presenciais, teve sete encontros para o planejamento e manejo da trilha e culminou na abertura da Trilha do Limoeiro, embora a participação dos ciclistas, neste caso, tenha sido esporádica.
Referências
ALERJ. Associação Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (2019) Lei cria programa para incentivar o ciclismo de montanha. Disponível em: < http://www.alerj.rj.gov.br/Visualizar/ Noticia/45137?AspxAutoDetectCookieSupport=1>. Acesso em: 03 mar. 2020.
AJZEN, I. The Theory of Planned Behaviour. Organizational Behaviour and Human decision Processes, v.50, n.2, p.179-211, 1999.
BARTOLETTI, C.; MAGRO-LINDENKAMP, T. C. Gestão participativa de uma trilha para ciclismo de montanha: um estudo de caso. Revista Gerencia Deportiva, v. 4, p. 2-23, 2020.
CORTELLA, M.S. A falsa adesão ao isolamento social é imoral. Disponível em: <https://cbn.globoradio.globo. com/media/audio/297985/falsa-adesao-ao-isolamento-social-e-imoral.htm >. Acesso em: 13 abr 2020.
HADDAD, N. M.; BRUDVIG, L. A.; CLOBERT, J.; DAVIES, K. F.; GONZALEZ, A.; HOLT, R. D.; TOWNSHEND, J
HEYWOOD, A. Ideologias políticas: do feminismo ao multiculturalismo. São Paulo: Ática, 142p, 2010.
ICMBio – INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Parques do Brasil: visitar é proteger! Disponível em: < https:// parques_do_brasil_estrategia_implementacao_visitacao_2018_2020_ ICMBio.pdf>. Acesso em 07 dez. 2020.
INSTITUTO FLORESTAL. Práticas Esportivas na Estação Experimental de Tupi. Disponível em: < http:// iflorestal.sp.gov.br/2016/07/22/praticas-esportivas-na-estacao-experimental-de-tupi/ >. Acesso em 23 ago, 2016.
MANNING, R.E. Parks and People, 1a ed. Vermont: University of Vermont Press, 335 p, 2009.
MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento, execução e análise. 4a ed. São Paulo: Atlas, 2007, 336p, 2007.
MATHEUS, F.S.; RAIMUNDO, S. Public use and Ecotourism Policies in Brazilian and Canadian Protected Areas. Études caribéennes, 33-34, 2016. DOI: 10.4000/etudescaribeennes.9344
NEWSOME, D.; MOORE, S. A.; DOWLING, R. K. Natural area tourism: Ecology: Impacts and management. 2a ed. Bristol: Channel view publications. 457p, 2012.
NEWSOME, D.; STENDER, K.; ANNEAR, R.; SMITH, A. Park management response to mountain bike trail demand in South Western Australia, Journal of Outdoor Recreation and Tourism, v.15, 26-34, 2016.
OUTDOOR FOUNDATION. Outdoor Recreation Participation Report. Boulder, CO: The Outdoor Foundation, 73p, 2011.
PICKERING, C.; HILL, W.; NEWSOME, D.; LEUNG, Y. Comparing hiking, mountain biking and horse-riding impacts on vegetation and soils in Australia and the United States of America. Journal of Environmental Management, v. 91, p 551–562, 2010.
PINHEIRO,G.S.; GIANNOTTI,E.; CRESTANA,C.S.M.; PFEIFER,R.M.; SILVA,D.A.; NEGREIROS,O.C.; BARBOSA,A.F.; MARIANO,G.; GUTMANIS,D.; ROMANELLI,R.C.; SILVA. Plano de manejo da Estação Experimental de Tupi. Piracicaba, SP: Instituto Florestal, 61p, 1999.
RHIRY-CHERQUES, R.H. Saturação em pesquisa qualitativa: estimativa empírica de dimensionamento. Revista Brasileira de Pesquisa em Marketing. Disponível em: < http://www.revistapmkt.com.br/Portals/9/Edicoes/ Revista_PMKT_003_02.pdf> Acesso em 15 out. 2016.
ROSSI, S. D., PICKERING, C. M., BYRNE, J. Perceptions of stakeholder organisations: assessing the social impacts of the South East Queensland Horse Riding Trail Network. Brisbane, QLD: Griffith University. 50p, 2013.
SÃO PAULO Tupi. Disponível em: < http://iflorestal.sp.gov.br/areas-protegidas/estacoes-experimentais/tupi/ >. Acesso em: 29 mar 2017.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 18a ed. São Paulo: Cortez, 136p, 2018.
WOLF, I.; WOHLFART, T.; BROWN, G.; LASA, A.; TORLAND, M. Monitoring and management of mountain biking through public participation geographic information systems. In: Proceedings of the 7th MMV. VII International Conference on Monitoring and Management of Visitors in recreational and protected areas (pp. 158– 160), Tallinn, Estonia, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A publicação do artigo está condicionada à cessão dos direitos autorais, sem ônus, a Guaju, que terá exclusividade de publicá-lo em primeira mão.
Os manuscrtitos serão publicados sob a licença Creative Commons By - Atribuição 4.0 Internacional. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam seu trabalho, mesmo comercialmente, contanto que eles atribuam o crédito pela criação original. Esta é a mais flexível das licenças oferecidas. Recomendado para máxima divulgação e uso de materiais licenciados.
Para a publicação dos manuscritos em outros meios de veiculação ou compartilhamento, solicita-se que seja mencionada a Guaju como sendo responsável pela primeira publicação do artigo.
As afirmações e os conceitos explicitados nos textos são de inteira responsabilidade dos autores, não recaindo sobre o Conselho Editorial da Guaju.