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GESTÃO PARTICIPATIVA COMO PROPOSTA PARA APROXIMAR OS VISITANTES DO CUIDADO DAS ÁREAS NATURAIS: O MANEJO DE UMA TRILHA DE CICLISMO DE MONTANHA

Carolina Teixeira Bartoletti, Teresa Cristina Magro-Lindenkamp

Resumo


Nos últimos anos foi registrado um aumento da visitação de áreas naturais protegidas para a prática de atividades esportivas e recreativas de aventura. Na contrapartida do aumento da visitação, estas áreas continuam defasadas em recursos humanos e financeiros para realizar a conservação do meio ambiente. Existem já há muitos anos inciativas de gestão participativa, seja na forma de voluntariado ou formação de conselhos gestores, para incluir a sociedade no cuidado das áreas protegidas. Na Estação Experimental de Tupi, no município de Piracicaba/SP, existe a visitação de ciclistas de montanha, que pelo fato de o ciclismo não ter sido uma atividade prevista no Plano de Manejo, utilizam trilhas inicialmente pensadas para pedestres. Foi proposto para estes visitantes o planejamento e manejo participativos de uma trilha para ciclismo, inspirados na experiência de Newsome et al. (2016) no sudoeste australiano. O objetivo foi aumentar a comunicação entre os ciclistas e a gestão da Estação Experimental de Tupi, visando a ampliar a escuta de suas demandas enquanto visitantes e incluí-los no cuidado da área. O processo de gestão participativa iniciou com a aplicação de questionários estruturados presenciais, teve sete encontros para o planejamento e manejo da trilha e culminou na abertura da Trilha do Limoeiro, embora a participação dos ciclistas, neste caso, tenha sido esporádica.



Palavras-chave


Gestão participativa. Uso público. Áreas protegidas. Estação Experimental de Tupi. Ciclismo de montanha.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/guaju.v7i1.76922

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