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CONTRIBUIÇÃO À GESTÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAQUI-CAMPO LARGO/PR PELA CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

Narali Silva, André Virmond Lima Bittencourt, Eduardo Salamuni

Resumo


CONTRIBUIÇÃO À GESTÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAQUI- CAMPO LARGO/PR PELA CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA Narali Marques da Silva André V. l.Bittencourt Eduardo Salamuni RESUMO O interesse em realizar um estudo geológico ambiental é justificado pela importância que a mesma representa para o abastecimento público, para o uso e a ocupação pela comunidade local. A área de estudo corresponde ao terço superior da bacia do rio Itaqui incluindo o afluente São Caetano e compreende uma área de 57,47 km². O rio Itaqui é afluente da margem direita do rio Iguaçu, situa-se entre a localidade de Bateias em Campo Largo e o município de Balsa Nova inseridos na região metropolitana de Curitiba. Esta área situa-se no Primeiro Planalto do Escudo Paranaense, correspondendo às rochas mais antigas do Estado. Ocorrem nos domínios do Complexo Atuba e do Grupo Açungui. Sobre essas unidades ocorrem sedimentos da Formação Guabirotuba e aluviões recentes. Dentro da área de estudo o embasamento é composto por grande variedade litotípica caracterizadas pela presença de migmatitos, quartzitos, quartzo-xistos, mica-xisto, anfibolitos e gnaisses-granitos. O grupo Açungui é representado pela Formação Capirú composta pelos mármores dolomíticos, sericita-filitos, mica-quartzito e filitos cauliníticos brancos. Diques de diabásio dispõem-se direcionados para NW/SE. A Formação Guabirotuba é constituída por argilitos, areias arcoseanas e sedimentos rudáceos. O grupo Açungui situa-se na porção oeste da bacia do rio Itaqui separada por falhas e discordância com os sedimentos da Formação Guabirotuba. Foram coletadas amostras em 4 pontos selecionados de acordo com a litologia da área (P2, P5, P9 e P11) ao longo de um ano, observando-se as mudanças sazonais. Através das análises físico-químicas pode-se identificar 2 tipos de águas superficiais distintas. A água do rio Itaqui e a água do Afluente São Caetano. Através da interpretação dos Diagramas e da caracterização geoquímica, a água do rio Itaqui é classificada como bicarbonatada cálcio-magnesiana e a água do afluente São Caetano é bicarbonatada sódica potássica e menos magnesiana. A predominância dos íons HCO3-, Mg-2 e Ca+2 marca o controle do quimismo das águas pela mineralogia do substrato litológico. A identificação da influência das unidades carbonáticas do Grupo Açungui nas águas superficiais, foi procedida por comparação com análises físico-químicas de amostras coletadas em poços tubulares profundos situados na área da bacia. Foi constatado que existe correlação entre essas águas, apenas variando a concentração dos íons por diluição pelas águas pluviais. A variação sazonal dos elementos ocorreu em períodos de maior precipitação (11/03 e 03/04 ) e a concentração dos íons nas águas superficiais aumentou em direção ao ponto 9 (P9) na captação da SANEPAR. O uso agrícola e a ocupação desordenada das áreas de inundação do rio são responsáveis pelo alto índice de Cl-, NO3- bem como coliformes fecais e totais. Os trechos considerados mais críticos correspondem aos pontos P5, P9 e P11. De acordo com os valores preconizados pela Resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 357/2005 o rio Itaqui enquadra-se na classe IV. Os parâmetros que enquadram o rio na classe III durante todo o período amostrado foram o Ferro e a concentração de coliformes totais (tabela 09). Palavras-chave: Itaqui, Campo Largo, qualidade da água

Palavras-chave


Itaqui;Campo Largo; Qualidade da água

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geo.v65i0.4273