As ideias fundamentais de Marx sobre finanças e o sistema de crédito em O Capital

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92383

Palavras-chave:

Karl Marx. Sistema de crédito. Finanças.

Resumo

Este artigo busca enfatizar a importância do sistema de crédito, do sistema bancário e das finanças na interpretação de Marx acerca do capitalismo. O argumento desenvolvido é de que Marx apresenta uma complexa e aprofundada análise do crédito, das instituições financeiras, de instrumentos financeiros e de suas consequências para a acumulação de capital, como ressaltado na obra de Germer (1994, 1997a, 1997b, 2001, 2005). O reconhecimento desses elementos teóricos, que podem ser encontrados principalmente na Seção V do Livro III de O Capital, é essencial para um entendimento integral do funcionamento do capitalismo. Nesse artigo, apresentamos uma sistematização dos aspectos creditícios e financeiros do capitalismo ao descrever plenamente o funcionamento dos respectivos sistemas em Marx, com enfoque nos seguintes elementos: (i) crédito comercial; (ii) bancos e crédito bancário; (iii) dinheiro de crédito; (iv) a bolsa de valores e o mercado de títulos privados; e (v) a dívida pública. O objetivo é estabelecer uma referência para o desenvolvimento de uma teoria Marxista do dinheiro, do crédito e das finanças que seja baseada na interpretação de Marx acerca desses tópicos e capaz de ser articulada com suas teorias de instabilidade e de crise, como enfatizado por Germer em seus escritos.

Biografia do Autor

Henrique de Abreu Grazziotin, Universiade de Massachusetts em Amherst (Umass Amherst), Amherst-MA, EUA.

Doutorando em Economia pela Universidade de Massachusetts em Amherst (UMass Amherst). Mestre em Economia do Desenvolvimento pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGE-UFRGS)

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Publicado

2023-09-12

Como Citar

Grazziotin, H. de A., Herrlein Junior, R., & Milan, M. (2023). As ideias fundamentais de Marx sobre finanças e o sistema de crédito em O Capital. Revista De Economia, 44(esp.), 564–592. https://doi.org/10.5380/re.v44iesp.92383