Os determinantes socioeconômicos da obesidade infantojuvenil no Brasil
Resumo
Este artigo analisa os determinantes socioeconômicos da obesidade infantojuvenil no Brasil por meio de microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e de regressão quantílica. A disponibilidade de dados foi restrita neste período, uma vez que a última edição da pesquisa, realizada entre 2017 e 2018, não incluiu medidas antropométricas, essenciais para a análise deste trabalho. Os resultados mostram que fatores como maior nível de renda, obesidade do chefe da família, domicílios localizados na zona urbana estão positivamente relacionados à obesidade juvenil. Por outro lado, há diminuição da proporção de crianças e adolescentes com excesso de peso em domicílios com chefes com mais escolaridade e participantes do Programa Bolsa Família. Os efeitos das mudanças nas defasagens acima mencionadas sobre a obesidade infantil e adolescente são mais exacerbados. nos estratos superiores de renda familiar per capita e na macrorregião Centro-Sul. Por outro lado, há um efeito negativo significativo sobre a obesidade infantil e juvenil em domicílios com falta de saneamento básico e com bens de consumo menos duráveis. A maior magnitude ocorre entre os mais pobres e na macrorregião Norte-Nordeste. Políticas públicas que promovam a redução da obesidade infantojuvenil via maior acesso à informação devem ser incentivadas.
Palavras-chave
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ArquivoDOI: http://dx.doi.org/10.5380/re.v44i84.81542