Dívida pública e dependência na América Latina: os casos do Brasil, Argentina e México
DOI:
https://doi.org/10.5380/re.v43i82.80110Palavras-chave:
Dívida Pública, Dependência, Brasil, Argentina, MéxicoResumo
No último quartel do século passado o capitalismo entrou numa nova fase, centrado nos fluxos comerciais e financeiros em escala global, inaugurado ainda na década de setenta e perpetuado com a liberalização-conservadora dos principais governos do capitalismo central, de Ronald Reagan (EUA) e Margareth Thatcher (Inglaterra), projetou-se em várias experiências mundiais e latino-americanas de políticas neoliberais fundamentadas no chamado “Consenso de Washington”. A dívida pública dos países latino-americanos passou por mudanças ao longo do período neoliberal que deram impulso ao seu crescimento e que a diferencia parcialmente de seu formato no período anterior. A dívida pública se constituiu como um dos principais mecanismos de transferência de renda desta periferia capitalista para o mundo desenvolvido, refletindo na própria dinâmica de dependência e subdesenvolvimento latino-americano, inclusive nas características macroeconômicas de baixo crescimento econômico médio e crescente pauperização de sua população. O objetivo deste artigo é analisar e problematizar, com base em dados da dívida pública das três principais economias latino-americanas (Brasil, México e Argentina), os fluxos líquidos de saídas de capitais, na forma de juros e amortizações, estabelecendo a tese de que na atualidade a dívida estatal constitui um dos mais importantes mecanismos de transferência de renda para os centros dominantes capitalistas, constituindo-se o “sistema de dívida pública” em fundamental fator de manutenção das relações de dependência e subordinação nas relações de poder econômico geopolítico.
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