Os debates sobre a natureza da posição de equilíbrio na Teoria Geral de Keynes
DOI:
https://doi.org/10.5380/re.v32i2.7726Palavras-chave:
chave, Keynes, equilíbrio com desemprego, flexibilidade de preços, salários nominais, equilibrium with unemployment, price flexibility, nominal wagesResumo
Este artigo tem por objetivo rediscutir a natureza da posição de
equilíbrio com desemprego apresentada por Keynes na sua Teoria Geral à luz dos debates recentes em teoria macroeconômica, em particular, os debates entre James Tobin e Paul Davidson. Nesse contexto, iremos argumentar que (i) o modelo apresentado por Keynes na sua Teoria Geral não é um modelo com preços fixos, mas sim um modelo com preços flexíveis, o que significa dizer
que não é válida a tese de que sua macroeconomia se caracteriza por uma suposta inversão da velocidade de ajuste entre preços e quantidades; (ii) o modelo de Keynes pressupõe rigidez da taxa nominal de salários ao longo de um dado período de produção, ao mesmo tempo em que admite flexibilidade (limitada) da taxa nominal de salários ao longo de uma seqüência de períodos;
(iii) os efeitos dinâmicos da deflação dos salários nominais são, via de regra, desestabilizadores; e (iv) os efeitos dinâmicos da deflação dos salários nominais são, per se, incompatíveis com a definição de uma posição de equilíbrio com desemprego. Como corolário dessa argumentação segue-se que a essência da revolução Keynesiana deve ser buscada no campo da dinâmica
econômica, ou seja, trata-se de uma demonstração da incapacidade do sistema de preços de produzir trajetórias não-explosivas para o sistema econômico.
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