Elasticidade-renda e concentração das despesas com alimentos no Brasil: uma análise dos dados das POF de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018
DOI:
https://doi.org/10.5380/re.v41i75.70940Palabras clave:
elasticidade-renda, curva de concentração, despesa com alimentos, orçamento familiarResumen
Nas últimas décadas, as despesas com alimentação têm sofrido alterações consideráveis no Brasil, em virtude de mudanças demográficas, econômicas e comportamentais, que afetam as decisões e preferências das famílias sobre o que consumir e onde consumir. A divulgação, no final de 2019, de uma nova edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) torna imprescindível a investigação das modificações mais recentes no padrão de dispêndio com alimentos no País. Este artigo tem como objetivo estimar a despesa média mensal familiar e a elasticidade-renda de uma grande variedade de alimentos, comparando-as com os valores obtidos com dados das edições anteriores das POFs. Além disso, são obtidas as razões e curvas de concentração das despesas com alimentos em relação à renda, averiguando-se para quais itens o gasto é mais concentrado nos relativamente ricos do que a própria renda. Os resultados mostram que os gastos médios com alimentação no domicílio continuaram caindo em 2017-2018, ao passo que o gasto com alimentação fora do domicílio interrompeu sua trajetória ascendente, como resultado da crise econômica que atingiu o País a partir de meados de 2014. Houve reversão na tendência de aumento dos gastos com carnes, vísceras e pescados e queda nos gastos com todas as categorias de produtos light/diet. As despesas alimentares mais concentradas em favor dos relativamente ricos estão associadas a uma dieta mais criteriosa e sofisticada.
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